Um ano de São Paulo! O tempo passou muito rápido. E isso é sinal de que está muito bom!
Nesse tempo, tive que entender que marginal são duas e que é melhor não as confundir.
Nesse tempo, tive que entender que marginal são duas e que é melhor não as confundir.
Aprendi a dirigir, comprei carro, arranhei o carro e dominei a técnica única de ir até em casa de primeira e segunda (não todos os dias, mas que acontece, acontece!).
Além disso, cachecóis e casacos passaram a enfeitar meu armário. As botas são mais importantes que as sandálias, que agora, enciumadas, ocupam a última prateleira do armário.
Aprendi que sol não significa biquíni. Chuva significa que ainda vai chover muito mais.
E que é sempre bom andar com um casaquinho a tira colo. O tempo em São Paulo muda numa velocidade inversamente proporcional ao seu trânsito.
Também descobri que se deu uma “zica,” você tá ferrado! E que se sábado, domingo e segunda são dias, porque não lembrar disso? Que bolacha é sempre só biscoito e guiar não é privilégio de cão de cego.
Aqui, o “meu” não é meu, nem seu, ou pode ser de todo mundo. O farol não é baixo, a guia não é de santo. O feijão é mulatinho e o brother é mano.
Também atestei que aqui o gerúndio dói um pouco mais – “está entendennnndo?”
Em Sampa a barra é bainha, a jujuba é bala de goma e o café expresso não tem tantos "x".
A night é balada, o shopping é programa e sair pra comer é irresistível - impossível repetir, impossível não gostar.
Viver em São Paulo é diferente, é grande, é demorado, é glamour, é cimento. Mas também é cultura, gastronomia, variedade. É andar em Moema à tarde. É demorar um pouco mais no restaurante. É tirar aquele cochilinho sem culpa aos fins de semana.
Se o Brasil tivesse um chefe, um Big Boss, seria São Paulo. Mas seria um chefe camarada, bacana, que também mete a mão na massa e que sabe que é melhor do que você em várias coisas ... mas reconhece que não é tão bonito.