terça-feira, 27 de setembro de 2011

BARRIGANDO: de pop star a boba da corte.

Minha barriga deve estar tão grande que já virou uma atração, sabe?
Eu vejo as pessoas comentando com cara de espanto. E se eu fosse chutar o que elas dizem ao olharem pra minha barriga, eu diria:
- Nossa! Olha só essa barriga. Já vai nascer!
- Será que são dois?
- E menino, com certeza. Super redondinha.


E assim por diante. *

O engraçado, é que eu, que não sou lá muito chegada em chamar atenção, mas estou adorando esse momento de “pop star”. Eu respondo com toda simpatia do mundo (que sei que não é meu forte) as perguntas que me fazem nos mercados, na rua, elevador, como por exemplo:
- É pra quando?
- Menina ou menino?
- Deve estar pesado, né?


As perguntas normalmente são em cima destes mesmos temas. Mas hoje, tive uma abordagem mais original: . um homem, que parecia um pastor ou a aspirante a, de bíblia na mão, olha pra mim sorrindo e diz andando em minha direção:
- Minha senhora, eu gostaria de ler a bíblia pra senhora, já que a senhora terá um filho.

Bom nesse caso, meu sarcasmo falou mais alto e a simpatia e a leveza da feliz gestante foram dar uma volta. Então, sorrindo, eu respondi:
- Obrigada, mas eu sei ler.

E continuei a andar achando minha resposta a mais engraçada do mundo. Afinal, a grávida não fica só mais sensível, fica mais retardada também.
Esse é um outro ponto que vale destaque. As coisas caem da mão com mais freqüência, a memória fica fraca e também ri de coisas que não são lá tão engraçadas. Bom, eu não sei se isso acontece a todas as grávidas, mas comigo está sendo assim. KKKKKKKKKKKKKKK

Desculpem.

Ontem estava vendo a nova novela das seis, que parece se passar no sul do pais. O par romântico bem vestido com cachecol, casacos pesados e muita lã, vai fazer um passeio em uma montanha e resolvem abandonar os casacos mergulhar em um rio. Rio este que só pode ter água aquecida, pois não satisfeitos com um mergulho, ficam horas nadando embaixo d’água. Quando vi a cena tive um ataque de riso. Sério! De verdade! Não foi um risadinha. Foi um daqueles ataques de lacrimejar, sabe? E eu sei... sei, que não foi tão engraçado assim. Talvez nada engraçado.

Droga! Tô rindo de novo. Melhor parar por aqui.


* Não é menino, apesar de ser redonda. E no ultrassom pudemos ver que ela tem cabelo, apesar de eu não ter dito azia. Ah... e é um só.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

BARRIGANDO: supertições

Se você, assim como eu, também não teve contato com nenhum bebê, antes do seu que esta por vir, você vai aprender que existe uma lista enorme de superstições e ditos populares para os recém nascidos e também para grávidas. No meu caso, já ouvi muita coisa. Mas acho que existem umas que são mais comuns, como:
- Não montar o berço antes do bebe nascer.
Essa eu conhecia, mas era anterior a era das lojas de moveis que te dão 5 dias apos a entrega pra você agendar a montagem no dia que eles tiverem livre e naquela horário simples de 8h da manhã ate 8h da noite.

- Usar roupinha vermelha pra sair da maternidade
Essa eu fui pesquisar e descobri que como antigamente se achava que o sangue curava doenças, a cor tomou uma conotação de sorte e saúde. Por isso, os bebes recém nascidos usavam toucas vermelhas para proteger do “olhar do demônio”. Acredito de a adaptação pro Brasil, que não exige touca por conta do clima, tenha sido a roupa ou até mesmo o sapatinho.

- Se a grávida tem muita azia é porque o bebe é cabeludo. Se a barriga é bicuda é menino ou redonda, menina.
Estas nem tem como saber, certo? Eu já ouvi que minha barriga era espalhada, bicuda e redonda. Ou seja, também depende muito de quem avalia.

- Grávida tem que comer por dois.
Vai nessa ...

Também existem as mais esquisitas como:
- A grávida não deve usar nada enrolado no pescoço, pois o cordão pode enrolar no pescoço do bebê. – Ah claro, o cordão pode imitar o cachecol.
- Não passar o bebê recém nascido por cima da mesa. – Quem faria isso????
- A grávida não deve cheirar flores, pois o bebê pode nascer com manchas. – Cuma???

Bom, eu já tinha minhas superstições, que já estão de bom tamanho, como: não entregar o sal na mão do amigo, não passar embaixo de escada (além da supertição, tenho medo que o cara caia na minha cabeça) e não gosto muito de gato atravessando na minha frente. Ah... também sou chegada a bater na madeira três vezes.


BARRIGANDO: quer uma dica?

Não existe sono, prisão de ventre, inchaço, dor na coluna, nada que aconteça com tanta freqüência na gravidez quanto ouvir conselhos. Você não pediu. Mas você tem uma barriga que é a mesma coisa do que um crachá dizendo: “Vou ser mãe. Diga-me como.”

Todo mundo tem uma marca de mamadeira, uma dica pra cólica, um remedinho caseiro. E não tem jeito, você vai ouvir. Em alguns casos, serão extremamente úteis, em outros, você não tem a menor idéia. Algumas coisas parecem uma grande bobagem e talvez você venha a descobrir que era a melhor dica da sua vida.

Mas não existe nada melhor do que as Praguinhas Fofas. Eu chamo de Praguinhas Fofas, pois sei que não são mau intencionadas, ao contrario. A intenção é das melhores, tenho certeza. O problemas das PFs é que elas são repetidas inúmeras vezes, por milhares de pessoas, causando um quase surto nos futuros pais , principalmente no pai. Dependendo da PF, você pode ler na cara do futuro pai seus pensamentos: “Será que ainda tem como voltar a atrás?”.

Separei aqui algumas PFs mais comuns:

- Você nunca mais vai dormir!
Essa é a mais popular. Todo mundo gosta de mandar. O que sempre me faz pensar o que acontece quando as crianças crescem? A gente continua sem dormir só de implicância?

- Casinha arrumada a sua.. Espere só o bebê nascer.
Essa pra mim é quase um desafio. Eu agora me obrigo desde já, que minha casa continue arrumada. Pelo menos quando a pessoa que soltou essa PF, vier me visitar..rsrsrs

- Aproveita agora, porque depois....
Esse é um clássico, que se adequa a quase tudo. Você pode estar indo almoçar em um restaurante e um amigo mandar essa. E você se convence que a vida com filhos, não se come fora. Também pode se dirigir a uma conversa longa ao telefone ou um cinema. É uma PF de tom ameaçador, que normalmente vem precedido de uma longa pausa de respiração.

Mas tem uma PF que é dirigida aos pais e dita por outros já pais. Essa é assustadora. Coloca o futuro pai em situação de quase pânico. E o pior, você futura mãe, não tem como se defender....pois vai que é verdade! Eu chamo essa de PF Mun Ra.
- Sua mulher vai ficar chata, sensível, vai brigar com você por tudo. Ela vai chorar, vai reclamar e você terá que agüentar.

Você que já é mãe ou pai, ta lendo isso tudo e eu tenho certeza, esta me mandando um PF por pensamento, né? Eu sei que você ta pensando que eu to cheia de gracinha, mas deixa o bebê nascer pra eu dar razão a você.

E que eu sei, que provavelmente eu darei. E pior que isso, me tornarei uma transmissora de PFs aos novos futuros pais. E se não for assim, que graça tem?


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BARRIGANDO: barriga de grávida - patrimônio do mundo

Não tem saída. Se você está grávida e se incomoda com alguém mexendo na sua barriga, você tem um problema. E não estou falando da sua mãe, do seu primo, da sua sogra, que você tem total intimidade não. Eu falo da moça que você acaba de conhecer na fila do banco ou da recepcionista do seu dentista. Elas vão acariciar sua barriga.
A intenção, acredito eu, é sempre boa, mas nem todo mundo tira de letra.

Eu não ligo. Coloquei na cabeça que minha barriga é do mundo. Uma espécie de corrimão, onde todo mundo pode meter a mão. Não dá pra se importar com isso, não mesmo.

Algumas pessoas, vão pedir permissão. E aí você, que não gosta do chamego v ai dizer o que? – Não deixo não. Tira a mão dai!
Não da né? Logo, se convença que pedir ou não permissão, não fará diferença no resultado final.

Relaxe e empine sua barriga para as mãos do mundo.




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BARRIGANDO - Todo mundo sente o bebê

Estar grávida é um dádiva. Pra mim, é, de fato. Mas isso porque minha gravidez, até o momento esta ótima. Graças a Deus, não tive nada de errado, estou curtindo em casa, sem pés inchados ou chefe me cobrando. Boa vida. Boa gravidez.

Acho fantástico sentir o bebe se mexer. Realmente é muito gostoso, mesmo quando é dolorido. Não chego ao romantismo de dizer que é mágico. Mas digo com pés no chão: é bom pra caraca!!!

Mas além dos nosso sentimentos em relação a gravidez, acontecem os sentimentos dos outros sobre isso. E pra mim, é tão fantástico quanto.
Pulando alguns fatos como: nem sempre no metrô me dão lugar, ou que como eu já contei aqui, no shopping com freqüência eu quase sou atropelada.
Bom ignorando isso, o que eu sinto é que pra algumas pessoas, uma mulher grávida é uma espécie de entidade. E cá entre nós, não é uma sensação ruim ser tratada assim não! (rsrsrs)

Outro dia, na minha portaria, a recepcionista me pediu desculpas três vezes por não ter aberto a porta no primeiro segundo que apareci. E pra compensar, foi comigo até o elevador, me ajudando a levar minha correspondência. Cartas, ok? Não era uma caixa, ou um envelope A4, eram contas de celular, água, luz e um folder de pizzaria.

Já na semana passada quando esperava minha vez na fila do supermercado – e eu já estava na fila de gestante e idosos – uma moça passou todo o tempo falando com um sorriso das alegrias da maternidade. Ela estava tão encantada com minha barriga, que eu achei que a qualquer momento ela ia me pedir a benção. As demais senhoras da fila se contagiaram e de repente uma mostrava pra outra minha barriga como algo inédito no mundo.

Sinto que as pessoas sorriem mais pra mim, quando enxergam minha barriga. E não são só os atendentes de loja ou serviços não. Com freqüência alguém sorri pra mim quando cruza comigo na rua. Normalmente mulheres, que me jogam um sorriso tímido, de admiração, de carinho. Sorriso que só aparece depois de mirarem na barriga avantajada. É curioso, mas gostoso.

Nem todo sentimento é nobre. Além do medo do mau olhado – acredito que toda grávida tenha esse medo -, também existe o medo do tarado por grávida. Sim, me disseram que eu encontraria pelo menos um no meu caminho. E não deu outra. Outro dia, eu passava quando ouvi um operário da Light (que tá com pouco serviço ultimamente, né?), falando:
- Ohhh! Uma mamãe dessa lá em casa!

Eu juro que não acreditei que era sério e olhei pra ele, quando confirmei pela sua cara: era um tarado por grávida.

Conclusão: hoje em dia, alem do medo dos bueiros, eu agora ando com medo dos homens da Light.



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BARRIGANDO



Já que a inspiração ta toda voltada para a maternidade, gestação e afins, resolvi escrever alguns fatos que acho curiosos deste período. São os posts BARRIGANDO que incluo aqui no Tinokias a partir de hoje.
Divirtam-se todos (todos mesmo, não são posts para grávidas)

Clique AQUI pra ler a primeira.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

ERA SO UM PASSEIO

Hoje estive no shopping pra almoçar e aproveitei, é claro pra dar uma volta. Infelizmente fiquei logo de saco cheio com a falta de educação das pessoas.

Eu, que fico me esquivando com minha barriga, não disputo um corredor ou a entrada de uma escada rolante com ninguém. Conclusão: eu não ando! Ou você acha que a galera se intimida com minha barriga e gentilmente me deixa ir na frente??

Até tento entender que nem todo mundo tem tempo ou percebe a barriga, ou a saia (o que já seria suficiente no caso dos homens, certo?). Penso que estão com fome, pressa, etc. Mas que irrita, irrita.

Passada a irritação inicial, andei mais um pouquinho com pensamento firme que era implicância minha. Afinal o povo não pode ser tão mal educado. Foi aí que fui abordada por uma senhora. Ela me parou e perguntou onde era a loja X. Eu não sabia. Então respondi delicadamente que não sabia e sabe o que ela disse?
- Que merda! Não sabe nada!

Fofa, né? E se você ta imaginando que era uma jovem, uma mulher mal vestida, que aparentava pouca instrução. Esquece. Era uma senhorinha de seus setenta anos, com um lindo conjunto de saia e blusa, echarpe e brincos de pérola, com seu arrumadíssimo cabelo branco azulado. Uma dama. Aliás, parecia ser.

Falta de educação. Por conta disso, um dos textos mais acessados e “curtidos” do Facebook fala justamente sobre educação infantil. O texto, muito bom, diz o que sempre foi o óbvio, mas que por algum motivo – e não sou eu, que ainda não estreei como mãe que vou criticar e colocar minha carinha a tapa – deixou de ser tão óbvio e passou a ser lição.

Será mesmo que a culpa é sempre dos pais e mães? Essa senhora, por exemplo, foi assim a vida toda? Acho difícil. Ou será que ela simplesmente se adequou ao novo mundo tentando ser moderninha? Uma pena.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

BUNDA MOLE, EU?

Não, gente. Escrever não é tão simples assim. Não é ter uma idéia e sair escrevendo. Não??? Não! Não mesmo.

Escrever pra mim é que nem ter bunda. Tem todo um processo. No meu caso, é claro, já que não nasci com aquelas bundinhas arrebitadas. Então tudo que sempre me restou pra melhorar nesse quesito era malhar. Muito quatro apoios, agachamento, extensão, etc, etc. Mas pra chegar nesse ponto, eu tinha que atravessar uma questão muito complicada: a preguiça. Afinal sempre pode estar transito, ou chovendo, ou frio, ou amanha você pode fazer a série de hoje e a de amanhã, não é?

Bom, se passar desta fase. Podemos considerar vencida a preguiça. Aí pronto. Pronto?? Pronto nada. Agora é preciso ter disciplina. Você sempre ouve esta palavra quando entra numa academia pra se matricular. É a palavrinha “tira o meu da reta” dos professores de academia. Quando ele a pronunciam, na verdade estão querendo te dizer alto e em bom som: - “olha aqui minha filha, não vai adiantar nada se você não aparecer. Não faço milagres!”

Escrever é igual a ter bunda. Primeiro tem que passar a preguiça e depois precisa ter disciplina. Sem isso... pode me chamar de bunda mole.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

VENDO A BANDA PASSAR...


Estava`a toa na vida e o meu amor me chamou ...

Ok, ninguém me chamou pra ver nada, mas...

Ficar `a toa incomoda muita gente. Pra ser sincera, a primeira a se incomodar com isso, fui eu mesma. Achei que não iria me adaptar. Pra não me deprimir, fiz planos, estipulei rotinas: caminhada de manhã, escrever a tarde, colocar a leitura em dia, mercado terças e quintas.

Nunca cumpri nenhuma. Vou ao mercado quando a geladeira pede. Escrevo quando tenho vontade (o que tem sido bem raro). Leio dois livros ao mesmo tempo, sem pressa, sem correria. Acordo nem sempre na mesma hora. Tem dias, que me permito ler o jornal na cama e só levantar depois disso.

Mas aí você que me conhece, me pergunta:
- Não ta achando estranho ficar em casa? Já pensou em fazer um curso? Não tem como fazer um frelaa?

E eu, surpresa com minha própria resposta, te direi: “um salário a menos em casa e eu vou fazer um curso? Os dias estão muito bons. Sempre tenho que fazer (mesmo que seja não fazer nada). E passa tão rápido.”
Puxa gente! Eu trabalho desde os 15 anos. Sem parar! Nunca tive um momento sabático, férias de mais de trinta dias. Mereço aproveitar o acaso da situação e me entregar `a Sessão da Tarde. Não mereço?

Bom aí, você que é educado não dirá, mas pensará:
- O cérebro vai atrofiar em casa... Deus me livre ficar tão improdutivo. Cruzes.

E o tal do ócio produtivo?? Não conta? E relaxar e descobrir que posso ser bem melhor do que aquela mulher estressada que trabalhava 10 horas por dia? E a saúde? A espiritualidade que volta a ser prioridade? Também não contam?

Mas eu te entendo. Eu mesma sempre pensei assim: “Pobre sem trabalhar é desempregado. Rico sem trabalhar está em seu momento sabático.”

Vamos combinar o seguinte: eu não sou rica. Estou me apertando aqui e ali pra me adaptar a essa nova situação, mas longe de mim reclamar. Apesar disso, quero ter o direito de ter um momento sabático. Sem culpa!
Diferente dos mais afortunados, não vou fazer mil cursos e conhecer milhares de lugares diferentes. Vou me dedicar a mim e ao momento. Que tal? O dicionário Aurélio diz:

Sabático:
adj. Que diz respeito ao sabá: descanso sabático. / Que diz respeito ao sábado. / O sétimo ano, entre os judeus, santificado pela cessação dos trabalhos agrícolas. / A licença de um ano concedida, a cada sete anos, a certos empregados nas empresas, e a professores universitários em alguns países: férias sabáticas.


E apesar da saudade (que bate sim, não vou mentir), quando acabar meu período sabático, poderei voltar a ter uma resposta mais adequada a pergunta:
- Quem quer falar?
- Barbara
- Barbara de onde?


Enquanto isso, sigo respondendo:
- Barbara de Sabá

quarta-feira, 20 de abril de 2011

EU PROMETO


Prometi a mim mesma que nesta nova fase da minha vida eu iria me dedicar mais a escrita, tentar uma nova novela, usar meu tempo livre pra criar!
Bem.. isso ainda não aconteceu. Mas estar aqui já é um começo.

Não sei como isso funciona com os outros, mas promessa que faço pra mim mesma, não vale de nada. Isso acontece pelo simples motivo que eu não me cobro. Eu sou bem light comigo mesma. Mega compreensiva, sabe?

Quantas vezes já me prometi parar de fumar. Milhares. Parei na última vez, é verdade, mas provavelmente depois de umas duzentas outras promessas. Algumas bem estranhas.

E prometer começar a dieta? Chegava a arrebentar na comida no fim de semana pois na segunda eu já havia me prometido entrar na linha. Mas pra azar, segunda surgiu um compromisso. E terça outro. E, eu que sou super gente boa comigo mesma, entendi que não dava mesmo pra cumprir a promessa.

No passado quantas e quantas vezes me prometi que não ligaria pra X ou Y. Era só passar de uma ou duas cervejinhas que a promessa. Promessa? Que promessa? Eu já estava eu no celular.

Alias, álcool e promessa são inimigos públicos. O álcool nos dá álibi pra quebrar qualquer promessa a qualquer momento e sem culpa. Essa vem mesmo no dia seguinte. Mas aí, é só colocar a culpa na bebida.

Não me lembro de ter quebrado promessas que fiz para os outros. Bom se quebrei, alguém deve estar louco pra se manifestar lendo isso. Mas juro que não me lembro se isso realmente aconteceu. Prometo algo pra alguém e cumpro e por isso sempre exijo que o outro também cumpra suas promessas.

Aquela velha história: não sabe se pode cumprir, não promete.

Sendo assim, não prometo escrever sempre. Nem mesmo começar uma nova novela. Pelo menos não vou prometer pra mim. Pois já sabemos que não tem valor.

Então, vamos todos prometer não prometer o que não sabemos se poderemos cumprir.

quinta-feira, 24 de março de 2011

NOVA JANELA


Não é bem um recomeço. Pois quando você diz que vai recomeçar, parece que vai começar de novo de onde parou. Não parei aqui. Não mesmo.

Diria que é um novo começo. Põe novo nisso.

Desde a ultima vez que aqui morei, muita coisa mudou.
A família mudou. Cresceu. Diminuiu.
Eu mudei. Cresci. Dividi

Apesar de a cidade ser uma velha conhecida, ela se apresenta como nova. Tudo é novidade. Tudo tem um ângulo novo, diferente. São outras paisagens, outros caminhos, outros sons.

Da janela não vejo mais a parede apinhada de outras janelas. Várias outras vidas, que me deixavam curiosa, imaginando e inventando quem era quem. Um big brother sem patrocínio, nem eliminados.

No momento tenho uma vista provisória. Também são janelas, mas são janelas do Leblon. Certamente não verei o mesmo espetáculo que as janelas de Copacabana me concediam.

Buscamos nossa janela. Uma janela pra chamar de nossa. Não é necessário ter vista para outras janelas ou até mesmo para o mar. Afinal, viemos de onde ter vista é enxergar arranha-céus. Sendo assim, caminhar um pouco e achar o mar é lucro.

Janelas novas. Expectativas novas. Velhos sonhos.

Viva a mudança.

terça-feira, 8 de março de 2011

CARNAVAL 2011.COM


Normalmente escrevo sobre o meu carnaval ou até faço uma breve retrospectiva de alguns bons carnavais (e outros nem tão bons). Mas desta vez não vou falar do meu carnaval, mas sim do seu carnaval!

Sim, este ano fui acometida de poderes sobrenaturais que me permitem saber tudo, ou quase tudo, do seu carnaval. Quem viajou. Quem viajou e o avião atrasou. O clima da região. Se está sozinho ou em galera. E até quem está em casa assistindo ao desfile da TV.

Bola de cristal? Não. Apenas Facebook. Ah sim! Pois o Facebook me concede, ou melhor, nos concede este poderes mágicos.

Mas a mágica só funciona pois o Facebook tem todo tipo de usuário. Tem desde o mais discreto que somente ativa o 4square indicando em que bloco está. Tem aquele que acorda e já posta toda a programação do dia, dando a perfeita sensação de que tomou guaraná em pó no café da manhã. Tem o que combina de encontrar com as pessoas pelo FB (isso eu nunca entendi…não é mais fácil telefonar?). Tem o perdido que pergunta qual é a boa do dia. E o super comprometido, que posta segundo a segundo como está o bloco, o trânsito, quem encontrou e com direito a fotos e comentários.

Também tem o crítico do carnaval, que aproveite este momento tão solene pra reclamar. Reclamar da falta de banheiros químicos, da falta de cerveja gelada, da chuva ou da má qualidade do som do trio. É o garoto enxaqueca do facebook.

Outro tipo muito comum é o desinibido do carnaval. Normalmente do sexo feminino. Durante o ano seus posts são ditados populares, poemas e até comentários intelectualóides sobre assuntos polémicos. Mas no carnaval… ahh no carnaval ela publica um milhão e meio de fotos com os mais diferentes grupos de amigos. Muitos amigos. Muita birita! Muita alegria! E sempre acompanhadas de legendas como: “AMO!!!“ , “ADORO!!!!! “ , “QUERO MAIS”, etc. E seguramente na quarta de cinzas teremos um post com refrão do Caetano numa tentativa de recuperar a imagem perdida.

De uma maneira geral adoro FB o ano todo. Adoro ver as pessoas se exibindo e eu, também tenho meus momentos de exibicionismo. Afnal, não é o máximo quando o seu post gerou milhares de comentários? Compartilhar fotos, sensações, situações. É muito legal. Especialmente pra quem mora longe da terra natal. O Facebook aproxima as pessoas, sem dúvida.

Porém, existem dois tipos de usuário que eu abomino: o torcedor de futebol doente que só escreve sobre isso e o usuário depressivo misterioso.

O usuário depressivo misterioso é aquele que apenas posta: “ Hoje estou triste” e fica esperando que seus 890 amigos venham lhe perguntar o que houve . E quando isso acontece sabe o que ele responde: “Deixa pra lá. Coisa minha. Depois te conto pessoalmente.”. Se não pode contar no FB porque postou?? Arghhh

Bom.. pelo menos durante o carnaval, não vi nenhum sinal do depressivo misterioso. Certamente a quarta feira de cinzas combina mais com ele.

Mas pra você, que mesmo sem perceber, me contou tudo do seu carnaval. Vá em frente. Não se iniba! Ainda não acabou!

Bom carnaval!