domingo, 28 de fevereiro de 2010

POR CIMA

Desta vez é diferente. Me sinto por cima da situação. Sim… por cima. Estou nas alturas com tudo que está acontecendo.
Enxergo apenas o grande: o oceano, as montanhas, o céu, o infinito. Não me atento pra coisas menores, pequenas e que agora não teriam nenhum significado pra mim. Deste ponto de vista gente é poeira, o mar é raso e o céu é lar.


Delírio escrito de dentro de um avião da Gol, rumo ao Rio de Janeiro, após 1h20 de atraso.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CARNAVAL 2010


Ano passado, inspirada por um post de uma amiga, escrevi aqui um post sobre meus carnavais (veja AQUI).

Este ano, ao contrário do último, fui para o balaço-baco e pro teleco-teco. Mas com moderação. Gosto bastante do carnaval carioca, com seus blocos e suas fantasias cada vez menos improvisadas e cada vez mais criativas. Mas o que eu realmente gosto de observar é invasão sofrida pelo Rio de Janeiro.

O estranho disso tudo é que quando morava no Rio, não me atentava pra delícia de destino que a cidade é. Agora, que moro em Sampa – e adoro, antes que me perguntem -, tenho um ponto de vista diferente: sou uma carioca saudosista.

E então olha eu aqui, babando pelo sol e a irreverência cariocas. E não fui a única. Não mesmo. O Rio fica incrível invadido pela variedade imensa dos sotaques vindos de todo o Brasil e de vários lugares do mundo.

Um beijo, dois beijos, três beijos nas bochechas. Confuso cumprimentar alguém nesta época do ano na cidade maravilhosa. Dependendo da origem do folião, a quantidade de beijos se altera. Bem verdade que na maioria das vezes o carnaval intercede por um só beijo, não nas bochechas … mas entre elas.

Biquínis grandes, enormes, pequenos, fora de moda, recém-comprados, emprestados. Sungas a menos, shorts a mais. Maiôs? A democracia da praia é extinta pela moda praia. É só olhar a intimidade ou a falta dela com a vestimenta pra não ter dúvidas de que se trata de mais um feliz invasor.

E as caipinhas? Loirinhos, olhos claros, pele a um passo de ficar roxa. Muitas caipirinhas na praia: bingo! Ou melhor: gringo.

Mas não interessa. O que vale é ter sentido a curtição. E ter o orgulho de ser carioca…mesmo que seja só de coração.

ENTÃO VAMOS LÁ....


É…não teve jeito, o ano cismou em começar sem pedir licença. Mal estouramos fogos e espumantes e veio logo Janeiro.

Janeiro mês que normalmente se apresenta tímido, veio sem dó, levando tudo como um furacão. Quente, chuvoso, trabalhoso, agitado. Gastou com rapidez a energia recarregada nos encontros de Natal, nos deixando sem reserva de baterias.

Mas veio Fevereiro, o mês do pecado, do nú, da alegria, do carnaval. Mês curto, rápido, que nos consola com mais chance de escaparmos mais uma vez da rotina, de respirarmos um pouco de fumaça e cerveja… ah.... Hein? Pronto. Acabou. Mal a ressaca se foi e o mês de Fevereiro, que se fosse gentil teria acabado junto carnaval, ao contrário, teima em ficar até seus vinte oito dias.

Quem disse o ano começa só depois do carnaval? Bom…pro Tinokias começa agora. Não é lá uma grande estreia, mas já são algumas palavras.

Espero voltar sempre.