quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

E O MEU CARNAVAL?

Lendo o blog de uma amiga, me atraí pelo post que ela escreveu sobre o carnaval (vale ler, é muito interessante – O meu carnaval), comecei a pensar sobre o meu carnaval, com uma ótica bem menos filosófica do que a de Mariana, mas simplesmente sobre o que o carnaval significa e significou na minha vida.

Hoje morando em São Paulo, vejo a surpresa nos meus colegas quando conto que não, não vou pro Rio no Carnaval. A maioria dos paulistas que conheço vai para lá e se programa para curtir os blocos, pedindo indicações, como se o fato de ser carioca me desse este conhecimento pleno do carnaval carioca. Mas como carioca, é claro que não me faço de desentendida do assunto, ao contrário corro atrás de informações e adoro valorizar a terrinha amada. Mas eu não vou pro Rio no carnaval! Vou conhecer a terra dos nossos hermanos argentinos. Isso! Estou trocando o samba pelo tango, apesar de um leve sentimento de traição.

A verdade é que em muitos carnavais da minha vida eu saí do Rio. Me lembro de ter passado apenas dois ou três carnavais no Rio depois de adulta. Quando criança sim. Curtia a banda do Leme vestida de havaiana ou de melindrosa. Mais tarde, quando tinha uns treze ou quatorze anos, era nova demais pra viajar e velha demais pra ir para bandinhas. Eu ia aos clubes. Eram repletos de gente da minha idade e muitos mais velhos, o que me permitia até mentir a idade para mais – pode imaginar isso nos dias de hoje? Também foi num destes bailes de clube que ensaiei os meus primeiros goles de cerveja, reforçando assim a minha idéia de que eu já era uma adulta.

Aos 18 anos me lembro que fui para Arraial da Ajuda na Bahia. Era um carnaval animadíssimo! E voltei lá quando tinha uns 22 anos, mas para uma espécie de carnaval fora de época, pois na verdade era réveillon.

Marcante mesmo foi meu primeiro carnaval viajando sozinha com uma amiga. Tinha 17 anos e minha amiga Andrea 18, fomos pro apartamento dos avós dela em Caxambu - MG. Além das malas, que não eram pequenas, vários tapewares com feijão e arroz, feitos pela mãe da Andrea – me lembro que o arroz acabou antes e comemos feijão puro algumas vezes. Falando assim pode parecer que passamos um carnaval com vários sexagenários tomando águas termais. Mas não foi assim! Nem de longe! Era um carnaval de rua animado, blocos, muita gente, muita azaração. Nada diferente dos carnavais por aí. Mas era nosso primeiro! A primeira viagem sozinhas!

Também me lembro de carnavais ‘micados” como uma vigem que fiz para Maricá. A viagem em si foi ótima pois estava entre amigos. Porém o carnaval da cidade era uma tristeza. Banda desafinada, gente feia, multidão. Ficamos curtindo a casa, jogando baralho e falando besteira. Ou quando fui para São João Del Rei, que me vi comendo pizza em pleno sábado de carnaval. No dia seguinte, felizmente, descobrimos que estávamos no point errado e salvamos o carnaval.

Pra não ficar sem falar nada sobre carnaval no Rio, o último passei com um amigo. Nós dois solteiros na época, curtimos bastante os blocos e .... bom... foi nesse carnaval que comecei a olhar esse meu amigo de um jeito diferente. No carnaval seguinte estávamos namorando e no outro estávamos casados. Ou seja, não tem como dizer que não soube aproveitar a folia de Carnaval, né?

Agora falando sério. Diante dessa pequena retrospectiva vejo que assim como minha amiga Mariana, nunca tive obrigação de “curtir o carnaval”. As vezes, como nos último três anos, prefiro aproveitar o feriado prolongado para conhecer um novo lugar, ou até mesmo pra ficar de bobeira, com quem se gosta, consigo mesmo.

Bom carnaval!


PS: o texto já estava pronto e publicado quando uma amiga, Bibs, perguntou porque eu estava omitindo o fato de ter me apaixonado pelo meu marido em um carnaval. Dei o braço a torcer e editei o texto.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

BICHO OU CALOURO ?


Aqui em São Paulo se chama Bicho e no rio chamamos de Calouro. Mas como entre ontem e hoje assisti mais de três reportagens sobre a violência dos trotes universitários, tenho certeza que a nomenclatura mais indicada é BICHO.
Me impressiona ver que existe naqueles jovens um prazer em humilhar os outros. Fiquei pensando a respeito e percebi que infelizmente a nossa sociedade utiliza a humilhação como forma de força e da maneira mais cruel.
É o chefe que trata mal a secretária, o marido que grita com a esposa e os filhos. Você que finge não ver seu porteiro ou o menino que pede esmola no sinal. Tudo isso é uma forma de humilhação.
Ouvindo pesquisas da classe C e D descobri outros itens que podem causar extrema humilhação como por exemplo as portas giratórias dos bancos, quando o taxista passa direto mesmo vazio ou quando não se é atendido em uma loja só por não estar bem vestido.
Preconceito causa humilhação e é com isso que convivemos diariamente. O que esperar de um jovem que houve da sua mãe pra ter cuidado com suas coisas em dia de faxina? Ou para não bobear na saída do estádio porque o público é muito “misturado”.
Veja bem não estou dizendo que coisas ruins não acontecem e que a partir de agora todo mundo deve confiar em todo mundo. O que quero mostrar é que nos dias de hoje nós mesmos traçamos linhas de poder. Quem tem mais vale mais do que quem tem menos. Seja dinheiro, idade, posição social ou até meses há mais em uma universidade.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

TEVELIZÃO II

Agora que assumi ser uma telespectadora ativa de Big Brother e da última novela, preciso confessar que ontem minha cabeça ficou a mil fazendo um paralelo entre os líderes de audiência da TV Globo.
A Favorita acabou, mas consigo enxergar alguns personagens entre os nossos espertos e preparados – como disse o gênio Bial – jogadores do BBB9. Vejam se não faz algum sentido:

Depois da briga entre Ana Carolina e Tom, pra mim ficou claro que temos a volta da Flora [revivida por Tom que faz maldades rindo e ainda sim acha que está sempre certo] e Donatella [Ana Carolina chora, é chata, boazinha e descompensada emocionalmente]. Pra reforçar esta hipótese, temos Josi que encarna muito bem seu papel de capacho [Silveirinha, é claro] dizendo sim com vontade de matar Flora (Tom). E também temos a vovó Naná que encarna Dona Irene [adora dar conselhos e tem a lerdeza fulminante de Dona Irene].

Em outro núcleo temos o bonzinho Cassiano, representado por Mano [só é bonitinho, não tem voz ativa e não disse ao que veio]. Contracenando com Priscila que é a versão popozuda de Manú e Alicia vivida na pele de Mirla [que tem o cabelo tão liso quanto o da Thais Araújo].

Não podemos esquecer que nosso amigo Orlandinho foi eliminado ontem [Alexandre] e que ainda resta Flávio, que tem “quê” de Sabiá, mas deve ter semelhante na Turma do Didi, mas como não assisto não posso fazer esse link.

Nos restam também Milena, que pode ser qualquer uma das meninas de Cilene [qualquer uma mesmo, porque é só figuração] e Ralf que obviamente quer ser Zé Bob, mas lhe falta a força de um protagonista [além das madeixas, é claro].

E é claro meus queridinhos Max e Francine. Max que vive a duplicidade de ser o Copola [passa a vida correndo atrás de uma mulher que não lhe dá bola] e Dodi [ a gente sabe que ele tem uma pegada de vilão, mas torce por ele]. Já Francine ta mais pro núcleo comédia com um jeitão de Fafá [irmão do Dodi], mas com a cabeça doidinha como a do César Augusto .

Esqueci de alguém? Ah sim, nosso amigo Leo, que depois do confinamento no quarto branco “pediu pra sair”, só ganha papel na figuração de Tropa de Elite.