terça-feira, 14 de maio de 2019

Minha maternidade real é legal


Há muito tempo não me dou o direito de escrever. Ao certo nem sei porque. Desconfio que como outras muitas coisas da minha vida, eu seja perfeccionista demais pra assumir que meus textos não precisam ser incríveis pra ser. 

Tenho lido nestes últimos dias muito sobre maternidade, sobre o quanto essa função tem maravilhas e dores. Quanto é cansativo, solitário e desesperador. E isso tudo me despertou um interesse em escrever.

Desculpem-me as mães, mas não me reconheço nestes textos. 

Nem quando a Rafa ainda usava fraldas e eu não tinha a menor ideia do porque ela chorava, eu não sentia nada parecido com solidão ou desespero. Eu sentia cansaço, sono e por consequência irritação. Mas isso foi diminuindo a medida que a dependência dela também diminuía e era bem desta forma que eu esperava que acontecesse.

Tenho muito apoio do meu marido... aliás, posso dizer que ele foi o pai que eu esperava que ele fosse: presente, compreensivo e preocupado com nós duas (talvez preocupado demais.. rsrs) e claro, isso conta e muito!

Me sinto meio traidora da classe, mas não me senti perdida, exausta, deprimida... tive momentos mais pesados e outros que posso dizer que foram bastante tranquilos.

Ainda me pergunto porque não senti na pele a maternidade real (e juro.. me sinto culpada por isso). Mas, acho que o fato de sempre ter trabalhado muito, muito e muito. Ou por sempre ter tido que correr atrás pra conseguir fazer faculdade, me formar, me manter. Então... trabalhar muito pra Rafa era mais do que bem recompensado!

Desculpem mamães. Meus sofrimentos são outros - não pensem que não existem. Estão aqui atormentando minha cabeça sempre! Mas a tal maternidade real, sempre foi real pra mim e eu sempre esperei que fosse assim mesmo como foi: sem purpurina, sem glamour e com sutiã bege.