sexta-feira, 23 de abril de 2010

SÓ O BÁSICO





Eu adoraria ser moderna. Sim, sempre penso nisso. Ser antenada, ligada em tudo de novo. Sabe aquele tipo que sabe tudo sobre o mais recente lançamento da tecnologia, da musica, da moda???

Ah moda... Taí outra coisa que eu invejo quem tem ligação com a moda. Aquela pessoa que joga um lenço despretensioso e BUMM.. ficou demais, lindo. Sabe usar cintura alta e faz de um all star uma coisa chiquíssima. É mas não sou boa nisso não. Sou básica. Básica com medo de errar sabe?

E também não entendo de tecnologia, de música, cinema ou artes tanto assim. Eu surfo nas ondas do que leio ou escuto, nada mais do que isso. Ou seja, não sou cabeça. Não sou moderna e nem conseguiria ser.

Não faço Yoga ou Pilates. Malho numa academia padrão… esteira, musculação.
Nunca foi a um templo budista aprender um mantra e também não tenho objetos da minha viagem ao Marrocos.

É não sou nada descolada.Sou básica. Básica de dar pena.

Na primeira oportunidade de viajar fui pra Disney conhecer o Mickey. Depois tratei de ver a torre Eiffel. Ao invés de ir pro Atacama, fui pra outro país vizinho conhecer a tradicional Buenos Aires.

Também não tenho gosto apurado pra comida. Gosto de comida italiana… normalzinha eu, né? Não tenho histórias em restaurantes tailandeses ou exóticos. O mais exótico que eu chego é num sashimi.

E ainda tem mais um ponto: as marcas de sucesso. Nossa! Sou um fracasso nesse quesito. Pois não é porque você não tem dinheiro pra comprar que pode desconhecer totalmente o que é um bolsa XSJS ou uma caça SKSKIS. (tá vendo? Nem pra colocar no post eu sei exemplos).

O lado bom de não ser moderna é combinar com tudo. Sim, sou como uma almofada branca, cabe em qualquer ambiente, combina com varias cores e móveis. E pra levantar minha moral.... uma almofada sempre pode aumentar o conforto.

Então eu, enquanto almofada, me dou o direito de caber em qualquer cantinho e de principalmente me dar bem com qualquer ambiente.

Básico, né? Super básico.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

AS MUIÉ

Hoje em minha aula de inglês, minha professora, me perguntou se eu achava que por ser mulher, tinha desvantagens competitivas em meu ambiente de trabalho.
Ela, uma senhora de seus mais de 60 anos, viúva. Que começou a trabalhar depois que os filhos cresceram e o marido morreu. Assumiu sua total ignorância sobre a verdadeira realidade da mulher no mercado profissional.

Eu confesso que imediatamente respondi que não! Que temos direitos iguais, oportunidades iguais. Tempos modernos. Assumo que não gosto da bandeira de que "ser mulher é complicado". Mulher tem jornada dupla, tripla. Ganha menos. Não é reconhecida. Tem menos oportunidades na carreira. Blá, blá blá.

De fato, tudo isso é verdade. Mas até que ponto é verdade porque nós mulheres queremos que seja verdade ou porque a sociedade não nos dá escolhas?

Por exemplo: quem disse que pra ser feliz uma mulher precisa se casar e ter filhos? Ninguém disse! Tudo bem... talvez sua mãe tenha dito. Sua irmã também. Aquela tia, suas amigas e as amigas da sua mãe também te disseram. Mas, em contrapartida, estatísticas comprovam a falência do casamento.
Só que nós mulheres queremos um marido pra chamar de "seu". E também crianças. Ter filhos é mais uma etapa, uma função e quase uma obrigação feminina.

Aí você com seu romantismo que é comum no universo feminino - e eu sei bem disso- , me fala: - Que absurdo! Nós somos seres maternos! Ser mãe nos completa! Não é uma obrigação! E casamos pois acreditamos no amor, na fidelidade, na felicidade a dois!

Bingo! E é isso mesmo. E corremos atrás desta vida tanto quanto, ou mais, do que batalhamos por nossas carreiras. E aí que a concorrência fica desleal. E aqui que eu tenho que assumir que talvez sim tenhamos desvantagens competitivas. Pois, por mais maravilha que seja a mulher dos dias de hoje, ela não tem a capacidade de batalhar mutuamente por dois objetivos com o mesmo sucesso que os homens batalham apenas por um. Concordam?

Com tudo isso, concluo que o ponto é que sempre queremos muito. Muito mais do que eles. E queremos sempre mais. Mesmo que esse “mais” seja um pouco menos.