segunda-feira, 17 de novembro de 2008

PARÊNTESES

Desde os últimos e confusos acontecimentos da minha vida, tenho ensaiado um post aqui no Tinokias. A verdade é que este blog tem como característica fazer meus poucos leitores esboçarem - nem que seja por consideração a mim - alguns sorrisos. E ultimamente não vinha tendo bons assuntos na minha cachola pra dividir com vocês.

Mesmo contrariando o principio deste canal, não gostaria de deixar de comentar sobre sentimento tão impressionante que me afetou nestes últimos dias: A PERDA.

Perder é ruim-pra-cacete. No momento da perda não me venha com “o importante é competir”....a gente sempre quer ganhar, nunca perder.
E quando falamos de perder pessoas queridas esse sentimento se multiplica. É pior do que o pior. Como assim não vamos nos ver mais? Me explica isso? E o porquê disso?

Passada a incompreensão, vem aos poucos a conformação e daí pra frente buscamos o entendimento disso tudo. Arrumamos justificativas pra entender e aceitar que foi melhor assim. E eu como simpatizante da doutrina espírita tenho mais facilidade em achar justificativas e explicações para estes momentos, mas o que não impede a tristeza de se aconchegar.

E o ensinamento de uma perda destas é sempre o mesmo: a vida é curta e valiosa.
E é por isso, que prometo evitar escrever posts tão tristonhos.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

PREVIDÊNCIA


Pra começo de conversa pensar no futuro é complicado, arriscado e em alguns casos sufocante. Pensar que tudo que eu faço hoje vai se refletir no meu amanhã é quase que um castigo pré-agendado pelos erros que estou neste momento cometendo.
Se por algum motivo for um erro meu escrever neste blog, aqui, agora, todas as baboseiras sobre o futuro, no futuro, eu posso me arrepender. Isso é assustador, não é?

Isso não significa que concorde em viver o hoje e somente o hoje, sem pensar no dia de amanhã. Quer dizer, concordo em parte, pois na verdade, minha opinião neste assunto é bastante esquizofrênica.
Eu adoro aproveitar cada minuto de tudo que está bom na minha vida. Aliás, eu adoro a palavra “aproveitar”, pra mim ela tem o sentido de “degustar”, de “curtir”. Acredito sinceramente que não se deve abrir mão desta sensação de “proveito” por qualquer bobagem. São estes momentos que levaremos na memória pro resto da vida e não a reunião fracassada da última terça ou a fila de uma hora do banco.

Porém defendo que é preciso cuidar de si hoje e sempre. Cuidar da saúde, é claro. Fazer exercícios, se alimentar bem, blá, blá, blá. Cuidar do seu dinheiro, fazer uma previdência privada, pagar o INSS, comprar uma casa própria, fazer uma poupança.
Tudo isso a gente ta cansado de saber. É quase um pensamento comum de que todo mundo tem que pelo menos tentar cuidar de tudo isso, não é?

O que muita gente não dá atenção é para um outro tipo de cuidado, que na minha opinião é um dos mais importantes para garantir um futuro de sucesso: preservar as amizades ! Sim! Cuide de seus amigos e da sua amizade com eles. Ligue pra saber como vão as coisas. Como está a gripe do cachorro, o conserto da máquina de lavar. Encontre, escute, fale. Seus amigos, ou pelo menos os grandes amigos são o maior bem que você possui hoje e possuirá no futuro. Pois você já pensou que sua família, seus pais, tios e principalmente avôs, muito provavelmente não estarão aqui daqui há 30 ou 40 anos: E quem estará? Seus amigos, é claro.

Faça uma previdência em amizade: invista em carinho, atenção e bons momentos. Certamente você terá excelentes rendimentos nos futuro.

COMO NÃO GOSTAR DE ROTINA?


Eu amo rotina! Que maravilha fazer todo dia as mesmíssimas coisas, sem nenhum imprevisto! Surpresa? Nada de surpresas! Tudo muito previsível, calculado, organizado, igualzinho a ontem.

Não entendo quem diz que rotina é chata, que acaba com a vida, com o casamento, com a paciência. O que acaba com tudo isso é você sair de casa pra trabalhar sem saber se vai chegar a tempo pro jantar japonês de quarta – sim, porque quem tem rotina até no cardápio – como ficar quarta sem seu peixe cru? Impensável!

E a saúde? Não seria uma maravilha se todo ano seus exames de rotina, rotineiramente não dessem nada de errado? Espetáculo! Você saberia que no ano que vem você também não teria nada, mas faria o exame de rotina, pois afinal, é a sua rotina.

E se São Pedro aderisse a moda?. Quarta, quinta pancadas de chuva a tarde. Sexta de manhã nublada mas já ensaiando o sol do fim de semana. São Pedro colocaria sol no fim de semana, não colocaria? Tudo bem se não colocasse, nós mudaríamos os fins de semana de acordo com os dias de sol da semana. Não seria bom?

Agora falando sério, se você trabalha com o que gosta, mora com quem ama, que mal tem fazer sempre as mesmas coisas? Por isso adoro ter rotina, nem que seja pra quebrá-la um pouquinho.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

BODAS DE PAPEL


Um ano de São Paulo! O tempo passou muito rápido. E isso é sinal de que está muito bom!

Nesse tempo, tive que entender que marginal são duas e que é melhor não as confundir.

Aprendi a dirigir, comprei carro, arranhei o carro e dominei a técnica única de ir até em casa de primeira e segunda (não todos os dias, mas que acontece, acontece!).
Além disso, cachecóis e casacos passaram a enfeitar meu armário. As botas são mais importantes que as sandálias, que agora, enciumadas, ocupam a última prateleira do armário.
Aprendi que sol não significa biquíni. Chuva significa que ainda vai chover muito mais.
E que é sempre bom andar com um casaquinho a tira colo. O tempo em São Paulo muda numa velocidade inversamente proporcional ao seu trânsito.

Também descobri que se deu uma “zica,” você tá ferrado! E que se sábado, domingo e segunda são dias, porque não lembrar disso? Que bolacha é sempre só biscoito e guiar não é privilégio de cão de cego.

Aqui, o “meu” não é meu, nem seu, ou pode ser de todo mundo. O farol não é baixo, a guia não é de santo. O feijão é mulatinho e o brother é mano.
Também atestei que aqui o gerúndio dói um pouco mais – “está entendennnndo?”

Em Sampa a barra é bainha, a jujuba é bala de goma e o café expresso não tem tantos "x".
A night é balada, o shopping é programa e sair pra comer é irresistível - impossível repetir, impossível não gostar.

Viver em São Paulo é diferente, é grande, é demorado, é glamour, é cimento. Mas também é cultura, gastronomia, variedade. É andar em Moema à tarde. É demorar um pouco mais no restaurante. É tirar aquele cochilinho sem culpa aos fins de semana.
Se o Brasil tivesse um chefe, um Big Boss, seria São Paulo. Mas seria um chefe camarada, bacana, que também mete a mão na massa e que sabe que é melhor do que você em várias coisas ... mas reconhece que não é tão bonito.

domingo, 13 de julho de 2008

PITOCO

Até onde eu sei, por volta dos anos 60 ela gostava de tirar uma onda hippie, mas não tinha qualquer afinidade com barracas, lamparinas ou viagens em kombis floridas. Era apenas estilo, intensificado por um lenço na testa que pendia até os ombros e as calças boca-de-sino que arrastava pelas ruas de Copacabana e nos choppinhos no famoso Beco das Garrafas.

Desta época eu só conheço as histórias, sempre engraçadas e contadas repetidas vezes pra me arrancar gargalhadas.
Pessoalmente, só a conheci alguns anos depois, em 1976, na minha única estada em Belo Horizonte – Minas Gerais.

Mas nossa amizade cresceu mesmo na cidade do Rio de Janeiro, onde vivemos por anos, com um intervalo vivido em Porto Alegre. Do sul, lembro de algumas coisas, de bons momentos, de alguns detalhes como as tardes frias no sul, regadas a pão cacetinho da Cobal e muito chocolate quente.

Com o tempo, comecei a descobrir outras qualidades dela e descobri que eu que era grande e ela que era pequena, com o seu 1 metro e meio e 50 quilos. Ao mesmo tempo que comecei a caber nas suas roupas, comecei também a perceber que ela não era tão pequena assim. Ela era enorme.

Não consegui usar suas roupas por muito tempo, mas começamos a dividir outras coisas. Confissões, alguns problemas, muitas risadas, mais problemas e sempre boas soluções.

É impossível descrever tudo que aprendi com ela. Mas o mais importante que ela me ensinou foi que eu era EU mesma, que não era parecida com ninguém e nem muito menos tinha que me render a nenhuma genética e dar tudo por perdido. E o mais importante: eu era legal e podia ser sempre melhor.

E como em toda amizade, com o tempo você conhece o lado B de cada um. E ela não se limita a ter um lado B! Ela tem lados C, D, E, F....Z. Nunca conheci uma pessoa tão dúbia em tudo e tão segura de sua dualidade. Ela muda de idéia sim, e daí? Pensa em alguma coisa e faz outra e não é que dá certo? Aprendi que é preciso dar o tempo de maturação. Nunca acredite na primeira resposta dela a uma pergunta. Espere, espere, espere. Daqui há uns dias, pergunte de novo e talvez esta seja a resposta final.

Hoje somos pessoas diferentes, acho que melhores. A amizade é tão grande que é pouco chamar apenas de “amizade”. È bem mais do que isso, é de outras vidas e se Deus quiser, das próximas também. É um vínculo que nunca vai morrer, que é concreto, que não se abala por pequenas discussões, geralmente causadas pela minha falta de paciência (não sou tão melhor assim..rsrs), nem pela distância, nem pelos problemas.

Eu sempre a admirei muito e hoje a admiro ainda mais. Pela força, pela coragem e até por não ter medo de ter medo. E me orgulho te ter seu sorriso, seus olhos e seu jeito de falar. Quem disse que não sou parecida com ninguém e que a genética não ia me pegar?

Essa é a Pitoco, minha melhor amiga, minha mãe.

terça-feira, 27 de maio de 2008

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES


Pode ser que crie confusão, mas só quem é mulher sabe o quanto é divertido juntar umas três ou quatro e falar mal (ou até bem) dos homens, principalmente daqueles que mais nos machucaram, nos enrolaram ou nos deixamos enrolar.

Mulher fala que engordou pra ouvir que emagreceu, conta que comprou baratinho a roupa da próxima estação e critica Fulana, “que é linda, mas tem alguma coisa esquisita”. Mulher conta segredo que a outra pediu pra não contar pra ninguém, mas conta pra você porque sabe que você é de confiança. Mulher fala muito mal de outras mulheres, normalmente das ausentes, mas dificilmente isso é ofensivo, é apenas normal.

E sabe aquele papo com a sua melhor amiga? Aquele que não se sabe por onde começou e que certamente não vai terminar nunca. Isso é bom demais! Pois sua melhor amiga sabe até quando você ta mentindo e ela é tão sua amiga que até finge que acredita. Ela sabe tudo do seu passado, nomes, datas, lugares, que qualquer exemplo pode ser usado pra qualquer ocasião, basta abrir o arquivo e ta lá!

Amizade feminina é frágil? Pode ser. Mas quando é forte, é forte de verdade como qualquer amizade, mas profunda só como amizade feminina pode ser.

FOI AÍ QUE O BARRACO DESABOU....

Hoje em dia, é difícil pra entender como meu grupo de amigos se formou. Não sei ao certo quem chegou primeiro, nem quem apresentou quem a quem. Acho que ninguém sabe, ninguém lembra muito bem.

O fato é que sei exatamente dizer como este mesmo grupo, agora, está se “desformando”. E a resposta é machista, preconceituosa, cruel, mas verdadeira: muita mulher junta!

Muitas mulheres juntas resultam em fofocas, em intrigas, inveja e nos piores casos, em briga por causa de homem. Na maioria das vezes, o homem é o menos importante, normalmente nem é o grande amor de alguém ou um relacionamento memorável, mas é o sujeito de uma disputa. E disputa feminina....sai de baixo!

No final, isso tudo respinga nos homens do grupo, que têm bem mais fôlego do que nós pra lidar com isso, pois simplesmente não dão importância a essas “coisas de mulher” e ficam à margem dessa eterna TPM, até que ela finalmente, acalme.

No caso que cito, acalmou, voltou, acalmou de novo. Mas houve cortes, rompimentos sérios, que não ter conserto. E quando você se encontra numa situação como a minha, se sente meio obrigada a decidir por um lado, mesmo que não tenha como fazer isso. Depois de um tempo, depois de sofrer com o problema dos outros, entendi que não tenho que tomar partido do que não tem como ser tomado.

E tudo que posso fazer é lamentar não existir mais aquela mesa enorme na Cobal do Leblon, onde a cada hora se perde mais a conta da conta.

DEVAGAR E SEMPRE



Voltando ao assunto mais em pauta em todas as atuais rodas de cariocas que moram em São Paulo: o que é morar em São Paulo? Pra começar, você precisa chegar em São Paulo, certo? E isso garanto, já vale uma boa história.

Você pode escolher viajar de carro em uma rodovia bem sinalizada e aparentemente sem trânsito (experimente fazer o sentido oposto SP-RJ, especialmente no verão, que esta afirmação vai por água abaixo). No caminho, você ainda observa a fé em forma de catedral, na cidade de Aparecida e pode desfrutar de um razoável pão de queijo em um dos inúmeros postos Graal (aliás, até hoje eu não sei se é verdade que estes postos são do Gugu Liberato). Com uma boa música e de preferência, com uma boa companhia, a viagem vai muito bem.

Ir de ônibus também é uma opção. Há quem prefira e até defenda os super leitos, onde você adormece no Rio e acorda diante da Marginal Tietê. Especialmente nesta categoria, tenho muito a dizer. Pra começar, particularmente, eu odeio a Rodoviária Novo Rio. Não existe lugar mais feio e tão pouco amistoso. Além de ser superlotada e mal sinalizada tem a pior espécie de taxista de todo o Rio de Janeiro.
Segundo, você dorme na viagem se e somente se não der o azar de sentar entre dois dinossauros que roncam em último volume. É ... é trauma sim!
Em nossa última viagem de ônibus leito do Rio para São Paulo, domingo à meia noite, nos deparamos com esta situação. Era uma orquestra que nos rodeava. Confesso que em vários momentos entendi os crimes passionais, pois cheguei a apontar várias vezes meu pé para dar um chute na cabeça do roncador “chefe”.
Atrás de mim havia o roncador auxiliar que estava sentado ao lado de uma japonesinha, que tenho certeza, usou toda a sua arte milenar para não dar uma série de golpes de karatê no seu vizinho.
Voltamos direto pro trabalho, sem dormir, mas com a certeza de que pelo menos dois passageiros tiveram bons sonhos.

Outra opção, nem sempre mais rápida, é buscar as sensacionais promoções das nossas três queridas companhias áreas – Varig, Gol e TAM. Se der sorte, você consegue passagens aéreas a preço de rodoviárias.
Claro que não é só de barrinha de cereal que vive um passageiro aéreo. Ainda existem os atrasos, as filas e a falta de previsão de basicamente tudo. E em tempos pós caos aéreo, atrasos de até 30 minutos contam como pontuais.
Foi contando com os habituais atrasos, que eu e Rod fomos tomar um choppinho (baratinho como tudo em Congonhas... coisa de R$ 6.00 cada) no bar do aeroporto. Tomamos um, depois outro e fomos calmamente para sala de embarque e aí, surpresa! Embarque imediato! Mas imediato mesmo. Tão imediato que os ônibus que levavam ao avião da Gol já haviam ido. Depois de todo o corre-corre no saguão, vai até o portão 10 desce pro 19, etc., descobrimos que todos já haviam embarcado e formos de van pro avião.
Apesar da alegria de embarcar no horário, a cara feia dos demais passageiros ao nos receber é totalmente dispensável. Recomendo ir com calma no choppinho, pois, milagres acontecem e seu vôo pode sair no horário numa sexta-feira à noite.

domingo, 18 de maio de 2008

SEM LOUVOR, MAS COM JEITINHO

Eu não lembro de ter pensando, quando criança, em ter uma profissão diferente da que tenho. Talvez tenha sonhado em ser atriz, bailarina ou modelo, como toda menina, mas realmente não lembro.
Duvido muito que com cinco anos eu respondesse na escola que queria ser publicitária, apresentar campanhas, elaborar briefings... Não....não devo ter feito isso.

O fato é que diferente de quase todo mundo que conheço, não tive dúvidas pra escolher a profissão, tão pouco sofri com a neura do vestibular. Aliás, como aluna mediana tinha absoluta certeza de que iria pra uma faculdade particular e que teria que me virar pra isso. E me virei.

No dia em que fui ver o resultado do vestibular, minutos depois de achar meu nome na lista dos aprovados, fui abordada por um rastafari com boina de Bob Marley, me parabenizando, efusivamente diga-se de passagem, pelo meu ingresso ao mundo universitário.
Pra minha sorte, meu novo amigo era do diretório acadêmico da faculdade, órgão responsável por decidir a distribuição de metade das bolsas de estudo. Eu não sabia, mas Marcelo Elo, era um líder estudantil, e que pelo visto, gostava das calouras. Bom, pelo menos desta aqui ele gostou e assim, ganhei um bolsa de estudos nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (PS: vale mencionar que Marcelo Elo não ganhou nada em troca.)

Durante o curso não foi tão diferente. Trabalhando a tarde e estudando pela manhã, tive que me apoiar em muitos amigos para conseguir entregar um trabalho aqui, fazer um prova ali. Depois que comecei a estagiar e logo em seguida trabalhar com publicidade, o tempo diminuiu ainda mais e os amigos aumentaram necessariamente.

Enfim me formei e minha monografia também contou com vário “jeitinhos”. Concluindo que minha faculdade foi uma farsa, ainda assim a julgo essencial na minha vida. Se não foi um bom aprendizado acadêmico, garanto que foi um grande aprendizado de vida.

Nos anos da faculdade, acho que comecei a formar e perceber o que eu queria ser. Não me tornei tudo que imaginava, e talvez nem queira mais ser.

Parafraseando meu big boss: “Não importa se você não é tudo que sonhou”.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

E A TERRA TREMEU...

E a terra tremeu!!!!! E eu não tive nada a ver com isso.
Pra falar a verdade, nem senti nenhum tremor. Colegas de trabalho relataram que pensaram estar sofrendo de labirintite. Nossas famílias cariocas ligaram, preocupados e curiosos, mas não vimos nada tremer. Mas tremeu, ta registrado, analisado e veiculado em todos os canais.

Ninguém ainda sabe explicar porque o cara lá de cima resolver dar uma “sacudida” na gente aqui embaixo. Talvez seja pela superexposição de um crime, apostas e comentários infames sem vergonha e sem pensar. Sem pensar que apesar de estranha, culpada ou inocente, estamos falando de uma família que acabou de perder alguém querido. Longe de mim querer entrar no assunto mais um vez, colocando mais lenha em uma fogueira abarrotada; só alguns pensamentos.

sexta-feira, 7 de março de 2008

CEC


Nem sempre o que é piegas e comum é ruim. Quando se trata de um ditado então, normalmente é uma verdade.
Falo isso porque hoje estou especialmente piegas, pensando em um ditado “podemos nos sentir sozinhos no meio de uma multidão”. Não é meu perfil cair nessa deprê, muito pelo contrário. Se não falam muito ao meu redor, pode deixar que eu mesma puxo assunto. O fato é que tem momentos que mesmo rodeado por muita gente interessante, não são elas com que você quer estar.

É que nem fazer uma viagem para praia e cair um temporal. Pode ser a melhor viagem da sua vida se você está com aquele grupo de amigos mais animados, que fazem festa do guarda-chuva ou brincam com a situação até que ela se torne a melhor possível.

Por isso a pieguise da citação faz sentido. E se resolvermos (resolvermos não, se eu resolver, né?) nomear esta sensação podemos chamá-la de CEC - carência de endereço certo. É quando você quer que uma pessoa esteja ao seu lado, ou um grupo de pessoas.

São as faces da saudade, que se aparecem em pessoas que como eu, que moram longe da sua terrinha.

terça-feira, 4 de março de 2008

VOU TER QUE ENGOLIR?


Pra mim uma das coisas mais difíceis da vida é aprender a aceitar o outro da maneira que ele é.
É fácil quando o outro tem qualidades que você adora, é uma pessoa querida que não tem nenhuma característica que te incomode muito. Aí, são só sorrisos.
Mas quando a pessoa tem vários defeitos que você não suporta? Até a voz o incomoda. E mesmo assim você tem que aceitá-lo, entender os motivos do seu egoísmo, as sua inveja. Pensar que pode ter tido experiências diferentes das suas. Arrumar desculpas e justificativas pra aquela piadinha ridícula ou para aquela fofoca infame que ele começou. Enfim, aceitá-lo com todas as suas diferenças.

Tenho um amigo...bem ele já teve essa designação...Tenho um conhecido que faz uma burrada atrás da outra. Magoa pessoas que adoro. E faz tudo isso com a tranqüilidade de um verdadeiro vilão de novela. Sabe aquele vilão que arquiteta planos sorrindo? Com prazer de destruir os outros? Acho que é assim. Pelo meu comentário você já percebeu que não aceito seu jeito "diferente". Não cheguei a esse degrau da evolução. Não mesmo!
Minha vontade é dizer poucas e boas. Gritar! Xingar e destruir todas as armações desse vilãozinho de novela. Um passo importante é que eu não fiz isso. Não ainda.

Meu amigo, se você consegue ter a nobreza de aceitar sem críticas os seus semelhantes, com todos seu defeitos e diferenças, parabéns! Eu sou do tipo que não sossego enquanto não falo o que me incomoda ou pelo menos faço aquela carinha de nojo ao ver ou ouvir algo que não gosto. Não tenho sangue frio. Mas gostaria!

segunda-feira, 3 de março de 2008

CACHORRO QUE CORRE ATRÁS DOS CARROS


Às vezes eu tenho a sensação que todo mundo que conheço, está à espera de alguma coisa, algum acontecimento, alguma pessoa. Estão correndo atrás ou simplesmente esperando que aconteçam, apareçam.
Pode ser uma promoção, um novo apartamento, um namorado novo, o homem da vida ou perder 2 quilos até o final da semana.

A gente sempre constrói metas, e parece que vivemos em função delas. O curioso é que em muitos casos a espera é mais divertida do que o acontecimento em si.
Planejar, sonhar, treinar diálogos, expressões e cruzadas de pernas para aquele momento tão esperado, muitas vezes é muito melhor do que o momento em si. Não é verdade?

Eu por exemplo, sempre planejei fazer um blog. Imaginei como seria divertido colocar no papel minhas idéia e ainda compartilhar com quem eu quisesse. Na prática, eu descobri que minhas idéias não têm tanto suco para serem divididas..rsrsrs... A fase de planejamento do blog com certeza foi muito mais interessante que fazê-lo.

RÁPIDO PENSAMENTO




Há uma lei da física que diz algo como “para cada ação existe uma reação”.
Algumas religiões, especialmente as da linha espírita acreditam que tudo que acontece com você hoje é resultado ou conseqüência de alguma ação sua no passado, ou até em vidas passadas.

Esse pensamento me conforta um pouco. Me tira a sensação de que a vida é uma loteria e que Deus se diverte escolhendo que vai ser feliz e quem vai sofrer. Claro que não pode ser assim!

Se você está passando por um problema, é porque você precisa passar por ele. Não é uma vingança divina! É uma oportunidade de aprender com o problema, de evoluir. Você pode ou não aproveitar esta oportunidade. Mas aí, em linguagem popular: o azar é o seu.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

PODE PERGUNTAR....


Se você muda de cidade, tenha certeza que pelo menos nos próximos 10 meses a primeira pergunta que vão lhe fazer é "- E aí? Já está adaptado?"
Mesmo sabendo que a indagação, na maioria das vezes. é feita com as melhores das intenções, às vezes tenho a sensação de que quando respondo que estou bem, que estou gostando, ninguém acredita. Posso quase ver saindo um balãozinho da cabeça com a frase.."sei, sei...até parece".

Quando falamos de sair da Cidade Maravilhosa para São Paulo, é praticamente impossível fazer os amigos cariocas acreditarem que você realmente está feliz no seu novo endereço. As perguntas na seqüência são: "- Mas você não sente falta da praia?", "- E o trânsito? Não me diga que é tranqüilo", "Tá comendo muito pastel e tomando muito chopps??? " Mesmo explicando que São Paulo é diferente, que não é possível comparar. Que aproveitamos o que há de bom na cidade. Não adianta! Não convenço ninguém. A conversa só acaba quando enfim, exausta de argumentar, eu concordo que realmente não é tão bom assim.

Morando há 6 meses em São Paulo, descobri coisas que nunca acreditaria se não sentisse na própria pele. Por exemplo: não existe rixa entre cariocas e paulistas. Existe rixa entre cariocas com os paulistas, que pasmem: não correspondem. Ao contrário, eles nos adoram, invejam nossa cidade, excetuando-se é claro a violência, que é assunto bem pautado. Não sacaneiam nosso sotaque e não implicam quando falamos "sinal". Aliás, isso assumo que não consigo corresponder, é impossível pra mim ouvir um "Meu, não tá entendennnndo. O farol fechou." e não dar uma sacaneadinha - é o bom e velho sarcasmo carioca.

A verdade é que eles nos recebem muito bem! E isso realmente me impressionou!. São muito mais educados, antenados, refinados...não que isso sempre sejam qualidades...afinal nada melhor que poder tomar um chopp de havaianas e despejar todos os palavrões que você conhece.

Bom, pra não ficar só na defesa, existe um ponto que os paulistas se acham melhores do que nós. Aliás, eles se acham melhores do que os cariocas, mas simpatizam com os irmãos do litoral. O ponto é que eles garantem e tem absoluta certeza que trabalham mais do que nós. Eu não posso falar sobre todas as áreas, mas na minha isso não faz diferença. Trabalhamos tanto quanto, de acordo com a demanda do cliente.
A diferença é que eu morava na esquina da praia, e mesmo no inverno, se fazia um sol, acordava uma hora antes pra dar uma volta na praia. Aqui, a menos que você more do lado do parque, teria que acordar mais de uma hora antes, pois tem que contar com a distância e o transito. Ou seja, o carioca começa o dia de trabalho, com frescor da maresia e isso não significa que chegou mais tarde pra trabalhar. Chegamos na mesma hora do paulista, exceto em dia de rodízio que eles tem a moleza de sair de casa depois das 10h.

No meu caso, as perguntas não se limitam à São Paulo, afinal eu fiz um pacote extreme make over: mudei de cidade, de estado civil, e mesmo tendo vindo trabalhar na mesma empresa, é quase um novo emprego. De todos os questionamentos o que eu acho mais curioso é me perguntarem: "E a vida de casada?". Com 5 meses de casada o que eles esperam ouvir ? rsrsrs; Ok, ok. Eu sei que esta é mais uma perguntinha do grupo "eu me preocupo com você". Mas não é curioso?