terça-feira, 29 de janeiro de 2013

AHHH A BAHIA


Muita gente tem me perguntado como esta sendo a Bahia.  Então lhes digo: em quase 20 dias de Bahia ela não tem sido rede, sol, acarajé, água de cocô e essas coisas que estão no nosso imaginário quando pensamos nessa terra.

Tenho encontrado muitos baianos, que de uma maneira unânime, são absolutamente simpáticos e prestativos. Sim, prestativos. Prestativos ao seu tempo, ao seu jeito e diante do que se espera deles. O que os não torna ineficientes, como imaginamos, ou muito menos preguiçosos.
Nesse tempo aqui, depois de receber a mudança e colocar tudo em seu lugar, tenho me ocupado exclusivamente dos dos “homi”. É o “homi” da internet, o “homi” do gás, o “homi da TV a cabo (este merece uma crônica a parte).

Todos eles, incluindo minha nova empregada, foram alem de muito simpáticos, muito profissionais. E quando a eficiência escorregava, prontamente estavam prontos para assumir seu erro, pedindo desculpas daquele jeitinho baiano cantado de falar, que torna impossível nos deixar com raiva ou irritados.

Ah o jeitinho baiano de falar.... Assumo que isso pra mim tem sido um problema. Em certas circunstancias, eu não entendo nada ou quase nada. Traduzo a idéia da frase associado gestos, olhares e a circunstancia. Como todos me chamam de Donabarbara, normalmente eu entendo que a frase acabou quando vem seguida de – “entendeu Donabarbarara?”.
No principio era honesta e respondia que não, não tinha entendido nada e fazia a pessoa repetir. Mas a repetição nem sempre me ajudava, já que era uma fala ainda mais rápida e compacta que a anterior.
Minha mãe me disse que eu fico com cara de interrogação prestando a máxima atenção no discurso. Sabe quando você precisa entender o que o cara da imigração diz? Então.. . minha tensão se iguala a isso.

Claro, que  neste quesito linguagem ainda descobrirei muita novidade. Como Qboa (água sanitária), farda (uniforme) e muitos outros que estão por vir.
Aquela praia, coqueiros, etc. Eu já vim sabendo que não era bem como imaginávamos. Onde moro, não existe o habito de andar, correr na praia. O que percebo é que as pessoas temem assaltos. Alem disso, o  mar é impróprio em meu bairro e ate a maioria das áreas mais nobres da cidade não são a beira mar.

Sabe aquela máxima de quando você se muda para uma nova cidade não deve comparar com a que sua cidade natal? Pois é, vale também pra Salvador, que é diferente do Rio e deve ter qualidades e defeitos diferentes.

Sendo assim, aguardamos mais novidades, de preferência boas novidades assim como a enorme simpatia do povo baiano.