quinta-feira, 24 de março de 2011

NOVA JANELA


Não é bem um recomeço. Pois quando você diz que vai recomeçar, parece que vai começar de novo de onde parou. Não parei aqui. Não mesmo.

Diria que é um novo começo. Põe novo nisso.

Desde a ultima vez que aqui morei, muita coisa mudou.
A família mudou. Cresceu. Diminuiu.
Eu mudei. Cresci. Dividi

Apesar de a cidade ser uma velha conhecida, ela se apresenta como nova. Tudo é novidade. Tudo tem um ângulo novo, diferente. São outras paisagens, outros caminhos, outros sons.

Da janela não vejo mais a parede apinhada de outras janelas. Várias outras vidas, que me deixavam curiosa, imaginando e inventando quem era quem. Um big brother sem patrocínio, nem eliminados.

No momento tenho uma vista provisória. Também são janelas, mas são janelas do Leblon. Certamente não verei o mesmo espetáculo que as janelas de Copacabana me concediam.

Buscamos nossa janela. Uma janela pra chamar de nossa. Não é necessário ter vista para outras janelas ou até mesmo para o mar. Afinal, viemos de onde ter vista é enxergar arranha-céus. Sendo assim, caminhar um pouco e achar o mar é lucro.

Janelas novas. Expectativas novas. Velhos sonhos.

Viva a mudança.

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