quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Não, não é óbvio que a vida é rápida

Nas duas últimas semanas convivi muito com a morte. Por mais que eu acredite que em certos momentos todos nós precisamos de recomeços e quem tem muito além disso aqui... é morte. E morte de gente jovem, gente como a gente, mexe muito.

Dois amigos,  publicitários, que perderam a luta contra o câncer.
Trabalhei com cada um deles em momentos bem diferentes da minha vida e apesar de ser a mesma agência, estavam em cidades diferentes, é possível que eles nunca tenham sido apresentados.

Em comum, além de grande lutadores, que enfrentaram muitas outras lutas antes desta,  tinham uma linda família, eram pessoas daquelas que todo mundo gosta e tinham sempre calma e tranquilidade que só os que tem bom humor como seu amigo, pode ter.

Quando soube da doença de ambos, me retrai. Não convivia há tempos com nenhum dos dois. Mas tive muita vontade de ir mais longe do que mensagens virtuais... mas não fui. E tinha a sensação que me arrependeria. Me arrependi. E somo isso a lista de lições que aprendi com a luta destes dois. Algumas delas:

- Sim, o ser humano é solidário. Sim, somos parceiros e otimistas. Somos sensíveis e AMIGOS no melhor teor da palavra.
-Não é possível se colocar no lugar de quem passa por isso. Por mais que se tente.
- Não é óbvio que a vida é rápida. Ainda não aprendi isso.
- O mundo mundo continua a rodar, mesmo quando alguns saltam dele.

E a última lição, talvez a mais importante de todas que me "ocorreu" no dia que soube de uma das perdas:

- Estar irritada por problemas de trabalho, com criança chamando e ainda assim ter que parar para fazer um macarrão de almoço  é MARAVILHOSO. Muita gente gostaria de estar fazendo isso e não pode.


Por fim deixo meus sentimentos e melhores energias as famílias que tem o IMENSO desafio de se reinventarem. E torço que a alegria destes dois queridos paire para sempre nestes lares.

E vamos em frente.

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