Hoje em minha aula de inglês, minha professora, me perguntou se eu achava que por ser mulher, tinha desvantagens competitivas em meu ambiente de trabalho.
Ela, uma senhora de seus mais de 60 anos, viúva. Que começou a trabalhar depois que os filhos cresceram e o marido morreu. Assumiu sua total ignorância sobre a verdadeira realidade da mulher no mercado profissional.
Eu confesso que imediatamente respondi que não! Que temos direitos iguais, oportunidades iguais. Tempos modernos. Assumo que não gosto da bandeira de que "ser mulher é complicado". Mulher tem jornada dupla, tripla. Ganha menos. Não é reconhecida. Tem menos oportunidades na carreira. Blá, blá blá.
De fato, tudo isso é verdade. Mas até que ponto é verdade porque nós mulheres queremos que seja verdade ou porque a sociedade não nos dá escolhas?
Por exemplo: quem disse que pra ser feliz uma mulher precisa se casar e ter filhos? Ninguém disse! Tudo bem... talvez sua mãe tenha dito. Sua irmã também. Aquela tia, suas amigas e as amigas da sua mãe também te disseram. Mas, em contrapartida, estatísticas comprovam a falência do casamento.
Só que nós mulheres queremos um marido pra chamar de "seu". E também crianças. Ter filhos é mais uma etapa, uma função e quase uma obrigação feminina.
Aí você com seu romantismo que é comum no universo feminino - e eu sei bem disso- , me fala: - Que absurdo! Nós somos seres maternos! Ser mãe nos completa! Não é uma obrigação! E casamos pois acreditamos no amor, na fidelidade, na felicidade a dois!
Bingo! E é isso mesmo. E corremos atrás desta vida tanto quanto, ou mais, do que batalhamos por nossas carreiras. E aí que a concorrência fica desleal. E aqui que eu tenho que assumir que talvez sim tenhamos desvantagens competitivas. Pois, por mais maravilha que seja a mulher dos dias de hoje, ela não tem a capacidade de batalhar mutuamente por dois objetivos com o mesmo sucesso que os homens batalham apenas por um. Concordam?
Com tudo isso, concluo que o ponto é que sempre queremos muito. Muito mais do que eles. E queremos sempre mais. Mesmo que esse “mais” seja um pouco menos.
quarta-feira, 14 de abril de 2010
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Que bom q apareceu !!! Imagino que seja falta de tempo, mas daqui a gente tem falta de seus textos. Bjs
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