Hoje estava lendo um conto de uma amiga e como em diversos outros textos, me deparei com a expressão “seios fartos”. A expressão em si, me parece algo como dizer para um gordo que ele é fortinho ou chamar um negro de moreninho.
Entendo que é uma forma metafórica de falar que a fulana tem enormes peitões, mas não seria melhor chamá-la simplesmente de peituda?
Nos dias de hoje uma mulher que é chamada de peituda deve até agradecer. Ter peitos grandes, na era silicônica, é sinônimo de status. É uma qualidade para se colocar no currículo. Imagine:
Fulana de tal, casada, 35 anos, peituda, morena, moradora da cidade de São Paulo.
Outro dia ouvi um depoimento de um jogador de futebol que declarou que não sabe como são seios sem silicone. Não sabe? Fiquei imaginando o rapaz se deparando com seios naturais e vendo que os mesmos rolam pros lados quando se deita ou naturalmente balançam quando se pula. Sem falar é claro de que não serão eternamente empinados e que um dia, precisarão de truques especiais para parecem durinhos.
Bom, que sejam fartos de saúde e de beleza, sejam de plástico ou não.
Pior que seios fartos são os túmidos, mas isso fica pra um outro dia....
sexta-feira, 29 de maio de 2009
QUEM INVENTOU OS SEIOS FARTOS?
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quinta-feira, 28 de maio de 2009
VAMOS MUDAR! (mas não tudo!)
Conheço muita gente resistente a mudanças. Mulheres que agüentam seus imprestáveis maridos, só para não ter que começar uma nova vida. Homens que preferem se manter em seus velhos empregos, de que reclamam diariamente, somente para não ter que experimentar algo novo. Ou aquela pessoa que só consegue pedir o mesmo prato naquele restaurante.
Zona de conforto. É um sentimento ou momento muito agradável, você não se arrisca, logo não tem surpresas ruins, nem as boas. Mas não precisa ser tão grave. Simplesmente tem gente que não gosta de mudar e não sei se precisa ser crucificado por isso – inclusive por mim neste post.
Eu já escrevi aqui (COMO NÃO GOSTAR DE ROTINA?) que adoro rotina. Sim, gosto e não tenho vergonha nenhuma de admitir. Mas também sou louca por mudanças. Eu mudo e monto uma nova rotina pra mim. Não é ótimo?
Acho que isso vem da minha infância. Desde que nasci até meus oito anos de idade, morei em três estados e cinco apartamentos diferentes. Depois de adulta, no segundo ano em que morava sozinha, me mudei novamente de apartamento. E há dois anos, de novo, mudei de estado.
Hoje, mudo de novo de grupo de trabalho, acreditando, como sempre, de que será um ótimo negócio. Mas, com a certeza de que deixo pra trás (não tão pra trás assim, ok?) pessoas maravilhosas, que foram umas das grandes responsáveis pela minha felicidade nos primeiros meses nesta nova cidade.
Daí vem uma questão: mudar é bom, mas se despedir é difícil. Tão difícil, que eu evito fazê-lo. Prefiro dar um até logo, que na verdade, é o mais próximo da realidade. Afinal, o mundo dá voltas e nestas voltas a gente sempre reencontra um aqui e outro ali. E também porque não pretendo me afastar de quem é importante pra mim.
Foi assim na minha vinda pra São Paulo. Não me despedi. Não foi preciso. Minha família e amigos continuam comigo. E nessa nova mudança, também será assim. Estou logo ali, literalmente do outro lado da rua.
Então fica combinado. Eu que gosto de mudança e também de rotina, vou mudar. Mas quero manter quem eu adoro na minha rotina.
(Estamos entendidas?)
sexta-feira, 8 de maio de 2009
IMPLACÁVEL CENSURA
Desde que me entendo por gente, pelo menos por “gente letrada”, gosto de escrever. No início, na minha adolescência, funcionava como uma espécie de diário. Lá guardava minhas ansiedades, dúvidas, dores e problemas. Era difícil eu procurar o caderno quando tudo estava bem. Ele era escalado quando algo estava errado, quando a alma doía. Uma maneira de medir como ia minha vida naqueles tempos era ver a freqüência das minhas anotações íntimas.
Só um pouco mais tarde consegui usar a escrita para relatar ou inventar histórias que independiam da minha tristeza. Ao contrário, comecei a escrever contos alegres, alguns bem motivadores. Mas aí surgiu a censura.
Censura destrói qualquer criação. Não há palavra que resista a nossa própria censura. Não mesmo. E é claro que nunca nada seria suficientemente bom. Não sou um gênio, não sou escritora, não sou profissional, sou amadora. Mas não me interessava. A censura de mãos dadas com a vergonha me fizeram rasgar páginas e mais páginas de textos que nunca vamos saber se realmente eram ruins.
Hoje comecei a ler o blog de uma amiga. Li do início ao fim. Há tempos ela me diz que escreve. Fala que são coisas íntimas e que sente vergonha de divulgar. Confesso que não foi surpresa constatar que é muito bom. O texto é leve, íntimo, apaixonado, vem de dentro. E pra quem a conhece parece que estamos a vendo falar. Tem idéias muito interessantes, na minha opinião, muito bem escritas. Gostoso de ler, sabe? Passa rápido. Como a maioria dos relatos femininos é sempre bom atestarmos que não somos as únicas a ter esquisitices femininas. Tenho certeza que não seria a única a me divertir com seus textos.
Pra ela e pra qualquer pessoa que tenha medo da sua própria censura e da censura dos outros, gostaria de passar algo que estou aprendendo aos poucos e na marra: nem todo mundo vai gostar do que você escreve. É fato. Alguns vão achar confusos, não vão concordar com o andamento da trama, vão achar bobo, etc. Mas se alguém gostar, já é o suficiente.
Comece mostrando pros mais próximos. Aqueles que realmente lhe darão uma opinião sincera. Isso lhe dará segurança. Depois parta para os menos próximos, alguns amigos de Orkut são sempre um bom teste. Eles serão a amostragem mais próxima do real. Não se apegue as críticas e sim aos elogios. Não tenham medo de ouvir um conselho sobre este ou aquele ponto. De a cara a tapa! Só assim você perderá o medo.
E pense: nem sempre o que você veste agrada a todos, nem por isso você sai pelado na rua.
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quarta-feira, 6 de maio de 2009
PERIGO! PERIGO!
É assustador, mas existem alguns sentimentos que nos fazem pensar que somos melhores que as outras pessoas. Rapidamente nos tornamos mais cultos, mais magros, mais bonitos – como fizeram os gols de Ronaldinho . E a sensação de ser adorado é fenomenal. Ser aceito, ser querido, ser um sucesso!
A vaidade é perigosa.
Nos faz inverter o peso dos nossos princípios. Nos dá prazer contar vantagem, de perceber um olhar de inveja ou um outro atordoado com nosso próprio brilho. Ser o mais belo do lugar, ou o mais rico, ou o mais esperto. Ter orgulho de ser invejado.
O orgulho é perigoso.
Não tem cara, não tem cheiro, não tem forma e nem cor. Ele vem aparecendo devagar e quando você vê, está lá: dentro do seu peito inchado. O mesmo peito inchado que acompanha sua cabeça erguida – eles que lhe dão aquele “olhar superior”.
De repente somos tão espetaculares que nos tornamos melhores do que os “por favor” e os “obrigado” e os “com licença”. Perdemos o tom suave da voz, pois somos firmes. Toda pessoa de sucesso é segura de si. Nada de nhêm - nhêm -nhêm.
A arrogância é perigosa.
Precisamos nos orgulhar de nos mesmos, claro. Mas sem passar dos limites, sem nos tornarmos metidos e arrogantes. Às vezes ficamos tão entusiasmados com nosso próprio sucesso que fica difícil saber qual o ponto certo. Difícil saber dosar. Difícil nos valorizarmos com humildade.
A humildade é essencial.
N.A: comecei a escrever este post quando respirei fundo ao descobrir que mais de 360 pessoas já leram meu outro blog. Fiquei inchada, orgulhosa e pensei junto com a minha vaidade: vou publicar pra todo mundo saber o quanto eu sou incrível. No meio do caminho senti vergonha e acabei escrevendo este texto.
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