terça-feira, 27 de maio de 2008

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE FLORES


Pode ser que crie confusão, mas só quem é mulher sabe o quanto é divertido juntar umas três ou quatro e falar mal (ou até bem) dos homens, principalmente daqueles que mais nos machucaram, nos enrolaram ou nos deixamos enrolar.

Mulher fala que engordou pra ouvir que emagreceu, conta que comprou baratinho a roupa da próxima estação e critica Fulana, “que é linda, mas tem alguma coisa esquisita”. Mulher conta segredo que a outra pediu pra não contar pra ninguém, mas conta pra você porque sabe que você é de confiança. Mulher fala muito mal de outras mulheres, normalmente das ausentes, mas dificilmente isso é ofensivo, é apenas normal.

E sabe aquele papo com a sua melhor amiga? Aquele que não se sabe por onde começou e que certamente não vai terminar nunca. Isso é bom demais! Pois sua melhor amiga sabe até quando você ta mentindo e ela é tão sua amiga que até finge que acredita. Ela sabe tudo do seu passado, nomes, datas, lugares, que qualquer exemplo pode ser usado pra qualquer ocasião, basta abrir o arquivo e ta lá!

Amizade feminina é frágil? Pode ser. Mas quando é forte, é forte de verdade como qualquer amizade, mas profunda só como amizade feminina pode ser.

FOI AÍ QUE O BARRACO DESABOU....

Hoje em dia, é difícil pra entender como meu grupo de amigos se formou. Não sei ao certo quem chegou primeiro, nem quem apresentou quem a quem. Acho que ninguém sabe, ninguém lembra muito bem.

O fato é que sei exatamente dizer como este mesmo grupo, agora, está se “desformando”. E a resposta é machista, preconceituosa, cruel, mas verdadeira: muita mulher junta!

Muitas mulheres juntas resultam em fofocas, em intrigas, inveja e nos piores casos, em briga por causa de homem. Na maioria das vezes, o homem é o menos importante, normalmente nem é o grande amor de alguém ou um relacionamento memorável, mas é o sujeito de uma disputa. E disputa feminina....sai de baixo!

No final, isso tudo respinga nos homens do grupo, que têm bem mais fôlego do que nós pra lidar com isso, pois simplesmente não dão importância a essas “coisas de mulher” e ficam à margem dessa eterna TPM, até que ela finalmente, acalme.

No caso que cito, acalmou, voltou, acalmou de novo. Mas houve cortes, rompimentos sérios, que não ter conserto. E quando você se encontra numa situação como a minha, se sente meio obrigada a decidir por um lado, mesmo que não tenha como fazer isso. Depois de um tempo, depois de sofrer com o problema dos outros, entendi que não tenho que tomar partido do que não tem como ser tomado.

E tudo que posso fazer é lamentar não existir mais aquela mesa enorme na Cobal do Leblon, onde a cada hora se perde mais a conta da conta.

DEVAGAR E SEMPRE



Voltando ao assunto mais em pauta em todas as atuais rodas de cariocas que moram em São Paulo: o que é morar em São Paulo? Pra começar, você precisa chegar em São Paulo, certo? E isso garanto, já vale uma boa história.

Você pode escolher viajar de carro em uma rodovia bem sinalizada e aparentemente sem trânsito (experimente fazer o sentido oposto SP-RJ, especialmente no verão, que esta afirmação vai por água abaixo). No caminho, você ainda observa a fé em forma de catedral, na cidade de Aparecida e pode desfrutar de um razoável pão de queijo em um dos inúmeros postos Graal (aliás, até hoje eu não sei se é verdade que estes postos são do Gugu Liberato). Com uma boa música e de preferência, com uma boa companhia, a viagem vai muito bem.

Ir de ônibus também é uma opção. Há quem prefira e até defenda os super leitos, onde você adormece no Rio e acorda diante da Marginal Tietê. Especialmente nesta categoria, tenho muito a dizer. Pra começar, particularmente, eu odeio a Rodoviária Novo Rio. Não existe lugar mais feio e tão pouco amistoso. Além de ser superlotada e mal sinalizada tem a pior espécie de taxista de todo o Rio de Janeiro.
Segundo, você dorme na viagem se e somente se não der o azar de sentar entre dois dinossauros que roncam em último volume. É ... é trauma sim!
Em nossa última viagem de ônibus leito do Rio para São Paulo, domingo à meia noite, nos deparamos com esta situação. Era uma orquestra que nos rodeava. Confesso que em vários momentos entendi os crimes passionais, pois cheguei a apontar várias vezes meu pé para dar um chute na cabeça do roncador “chefe”.
Atrás de mim havia o roncador auxiliar que estava sentado ao lado de uma japonesinha, que tenho certeza, usou toda a sua arte milenar para não dar uma série de golpes de karatê no seu vizinho.
Voltamos direto pro trabalho, sem dormir, mas com a certeza de que pelo menos dois passageiros tiveram bons sonhos.

Outra opção, nem sempre mais rápida, é buscar as sensacionais promoções das nossas três queridas companhias áreas – Varig, Gol e TAM. Se der sorte, você consegue passagens aéreas a preço de rodoviárias.
Claro que não é só de barrinha de cereal que vive um passageiro aéreo. Ainda existem os atrasos, as filas e a falta de previsão de basicamente tudo. E em tempos pós caos aéreo, atrasos de até 30 minutos contam como pontuais.
Foi contando com os habituais atrasos, que eu e Rod fomos tomar um choppinho (baratinho como tudo em Congonhas... coisa de R$ 6.00 cada) no bar do aeroporto. Tomamos um, depois outro e fomos calmamente para sala de embarque e aí, surpresa! Embarque imediato! Mas imediato mesmo. Tão imediato que os ônibus que levavam ao avião da Gol já haviam ido. Depois de todo o corre-corre no saguão, vai até o portão 10 desce pro 19, etc., descobrimos que todos já haviam embarcado e formos de van pro avião.
Apesar da alegria de embarcar no horário, a cara feia dos demais passageiros ao nos receber é totalmente dispensável. Recomendo ir com calma no choppinho, pois, milagres acontecem e seu vôo pode sair no horário numa sexta-feira à noite.

domingo, 18 de maio de 2008

SEM LOUVOR, MAS COM JEITINHO

Eu não lembro de ter pensando, quando criança, em ter uma profissão diferente da que tenho. Talvez tenha sonhado em ser atriz, bailarina ou modelo, como toda menina, mas realmente não lembro.
Duvido muito que com cinco anos eu respondesse na escola que queria ser publicitária, apresentar campanhas, elaborar briefings... Não....não devo ter feito isso.

O fato é que diferente de quase todo mundo que conheço, não tive dúvidas pra escolher a profissão, tão pouco sofri com a neura do vestibular. Aliás, como aluna mediana tinha absoluta certeza de que iria pra uma faculdade particular e que teria que me virar pra isso. E me virei.

No dia em que fui ver o resultado do vestibular, minutos depois de achar meu nome na lista dos aprovados, fui abordada por um rastafari com boina de Bob Marley, me parabenizando, efusivamente diga-se de passagem, pelo meu ingresso ao mundo universitário.
Pra minha sorte, meu novo amigo era do diretório acadêmico da faculdade, órgão responsável por decidir a distribuição de metade das bolsas de estudo. Eu não sabia, mas Marcelo Elo, era um líder estudantil, e que pelo visto, gostava das calouras. Bom, pelo menos desta aqui ele gostou e assim, ganhei um bolsa de estudos nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (PS: vale mencionar que Marcelo Elo não ganhou nada em troca.)

Durante o curso não foi tão diferente. Trabalhando a tarde e estudando pela manhã, tive que me apoiar em muitos amigos para conseguir entregar um trabalho aqui, fazer um prova ali. Depois que comecei a estagiar e logo em seguida trabalhar com publicidade, o tempo diminuiu ainda mais e os amigos aumentaram necessariamente.

Enfim me formei e minha monografia também contou com vário “jeitinhos”. Concluindo que minha faculdade foi uma farsa, ainda assim a julgo essencial na minha vida. Se não foi um bom aprendizado acadêmico, garanto que foi um grande aprendizado de vida.

Nos anos da faculdade, acho que comecei a formar e perceber o que eu queria ser. Não me tornei tudo que imaginava, e talvez nem queira mais ser.

Parafraseando meu big boss: “Não importa se você não é tudo que sonhou”.