domingo, 18 de maio de 2008

SEM LOUVOR, MAS COM JEITINHO

Eu não lembro de ter pensando, quando criança, em ter uma profissão diferente da que tenho. Talvez tenha sonhado em ser atriz, bailarina ou modelo, como toda menina, mas realmente não lembro.
Duvido muito que com cinco anos eu respondesse na escola que queria ser publicitária, apresentar campanhas, elaborar briefings... Não....não devo ter feito isso.

O fato é que diferente de quase todo mundo que conheço, não tive dúvidas pra escolher a profissão, tão pouco sofri com a neura do vestibular. Aliás, como aluna mediana tinha absoluta certeza de que iria pra uma faculdade particular e que teria que me virar pra isso. E me virei.

No dia em que fui ver o resultado do vestibular, minutos depois de achar meu nome na lista dos aprovados, fui abordada por um rastafari com boina de Bob Marley, me parabenizando, efusivamente diga-se de passagem, pelo meu ingresso ao mundo universitário.
Pra minha sorte, meu novo amigo era do diretório acadêmico da faculdade, órgão responsável por decidir a distribuição de metade das bolsas de estudo. Eu não sabia, mas Marcelo Elo, era um líder estudantil, e que pelo visto, gostava das calouras. Bom, pelo menos desta aqui ele gostou e assim, ganhei um bolsa de estudos nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (PS: vale mencionar que Marcelo Elo não ganhou nada em troca.)

Durante o curso não foi tão diferente. Trabalhando a tarde e estudando pela manhã, tive que me apoiar em muitos amigos para conseguir entregar um trabalho aqui, fazer um prova ali. Depois que comecei a estagiar e logo em seguida trabalhar com publicidade, o tempo diminuiu ainda mais e os amigos aumentaram necessariamente.

Enfim me formei e minha monografia também contou com vário “jeitinhos”. Concluindo que minha faculdade foi uma farsa, ainda assim a julgo essencial na minha vida. Se não foi um bom aprendizado acadêmico, garanto que foi um grande aprendizado de vida.

Nos anos da faculdade, acho que comecei a formar e perceber o que eu queria ser. Não me tornei tudo que imaginava, e talvez nem queira mais ser.

Parafraseando meu big boss: “Não importa se você não é tudo que sonhou”.

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