quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

SABOR DE ANO NOVO


Então o ano está acabando, está na beira do final.

Em alguns dias e ele se vai. E se vai quase que obrigado, oprimido pelas ruas decoradas e as campanhas de Natal, que cada ano aparecem mais cedo.
E o outro ano já, já está chega.

Mas não temos com que nos preocupar, pois de um modo geral é igualzinho aos outros anos: calor, carnaval, páscoa, dia das mães, festa junina pra uns e dia dos namorados pra outros, dia dos pais, dois ou três feriados prolongados.. e pronto! De novo aparecem as luzes nas ruas e os comerciais com Papai Noel.

A diferença de um ano pro outro é o miolo, o recheio. Às vezes é mais doce, outras meio amargo. Mas na maioria das vezes é misturado.

Pra mim esse ano foi uma grande gororoba. Foi uma mistura de um maravilhoso doce com um amargo bem difícil de engolir.
Mas se o amargo não existisse, ninguém daria valor ao doce. E no meu caso, talvez eu não notasse como existe “açucares” a minha volta.

Então, que venha o próximo ano! E aos “açúcares” da minha vida: um feliz ano novo! Cheio de sabores. Uns bons, outros não. Mas todos indiscutivelmente necessários.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A MÃE DA PROTAGONISTA

Há mais de duas semanas prometi a mim mesma (e as redes sociais) que colocaria no ar meu novo blog. …E o que houve? Não houve.

Li e tudo. Ajustei uns pontos, uns parágrafos. Mudei alguns cenários. Reli. E mexi de novo. Reli e… achei uma grande porcaria … Crise!

Tudo aquilo escrito. Uma nova protagonista… Aff.. achei sem graça, sem carisma, sem propósito.. Ou melhor: nada aos pés da queridíssima Lucila.

Meu problema é que eu adoro a Lucila! Acho ela realmente a imperfeição da perfeição.
E amo tanto Lucila que não tenho coragem de desgatá-la em uma nova história.

Ou seja, agora estou presa a uma paixão pela única protagonista da minha vida.

É possível que a minha crítica seja mais severa. Crítica de mãe… Mas ainda como mãe também é possível que o meu amor seja um tanto cego. Amor de mãe. Então, se assim continuar, serei mãe de filha única e não mais conseguirei colocar no mundo mais uma protagonista.

Ai desabafei…

terça-feira, 22 de junho de 2010

INADIÁVEL

Diziam que não era nada demais. Que era fácil. Igual a sempre. Nem mais leve, nem mais pesado. Simplesmente viria, chegaria e você teria que lidar com ela. Pelo menos um ano. Contrato mínimo!

Procurei letras miúdas, comuns em contratos, mas não achei. Então, acreditei que realmente não teria grandes surpresas. E assim foi. Ela chegou, tomou conta de tudo e fincou pé até o ano seguinte.

De bate pronto, realmente não senti mudanças. Pelo menos hoje. Talvez amanhã e depois, algo se modifique. E se isso acontecer, como nos outros anos, não vou gostar. E farei de tudo pra voltar atrás. Quem sabe buscarei alguma solução nos milagres dos tempos modernos. Talvez disfarce. Mas voltar atrás... Isso não. Não tem volta. Não tem adiamento, nem negociação.

Todos os anos ela vem. Pra mim e pra você. Sua nova idade chega, sem pedir licença.

E por isso, mesmo depois de muitas vezes, recomenda-se COMEMORAR!!!

Feliz aniversário!!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

SÓ O BÁSICO





Eu adoraria ser moderna. Sim, sempre penso nisso. Ser antenada, ligada em tudo de novo. Sabe aquele tipo que sabe tudo sobre o mais recente lançamento da tecnologia, da musica, da moda???

Ah moda... Taí outra coisa que eu invejo quem tem ligação com a moda. Aquela pessoa que joga um lenço despretensioso e BUMM.. ficou demais, lindo. Sabe usar cintura alta e faz de um all star uma coisa chiquíssima. É mas não sou boa nisso não. Sou básica. Básica com medo de errar sabe?

E também não entendo de tecnologia, de música, cinema ou artes tanto assim. Eu surfo nas ondas do que leio ou escuto, nada mais do que isso. Ou seja, não sou cabeça. Não sou moderna e nem conseguiria ser.

Não faço Yoga ou Pilates. Malho numa academia padrão… esteira, musculação.
Nunca foi a um templo budista aprender um mantra e também não tenho objetos da minha viagem ao Marrocos.

É não sou nada descolada.Sou básica. Básica de dar pena.

Na primeira oportunidade de viajar fui pra Disney conhecer o Mickey. Depois tratei de ver a torre Eiffel. Ao invés de ir pro Atacama, fui pra outro país vizinho conhecer a tradicional Buenos Aires.

Também não tenho gosto apurado pra comida. Gosto de comida italiana… normalzinha eu, né? Não tenho histórias em restaurantes tailandeses ou exóticos. O mais exótico que eu chego é num sashimi.

E ainda tem mais um ponto: as marcas de sucesso. Nossa! Sou um fracasso nesse quesito. Pois não é porque você não tem dinheiro pra comprar que pode desconhecer totalmente o que é um bolsa XSJS ou uma caça SKSKIS. (tá vendo? Nem pra colocar no post eu sei exemplos).

O lado bom de não ser moderna é combinar com tudo. Sim, sou como uma almofada branca, cabe em qualquer ambiente, combina com varias cores e móveis. E pra levantar minha moral.... uma almofada sempre pode aumentar o conforto.

Então eu, enquanto almofada, me dou o direito de caber em qualquer cantinho e de principalmente me dar bem com qualquer ambiente.

Básico, né? Super básico.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

AS MUIÉ

Hoje em minha aula de inglês, minha professora, me perguntou se eu achava que por ser mulher, tinha desvantagens competitivas em meu ambiente de trabalho.
Ela, uma senhora de seus mais de 60 anos, viúva. Que começou a trabalhar depois que os filhos cresceram e o marido morreu. Assumiu sua total ignorância sobre a verdadeira realidade da mulher no mercado profissional.

Eu confesso que imediatamente respondi que não! Que temos direitos iguais, oportunidades iguais. Tempos modernos. Assumo que não gosto da bandeira de que "ser mulher é complicado". Mulher tem jornada dupla, tripla. Ganha menos. Não é reconhecida. Tem menos oportunidades na carreira. Blá, blá blá.

De fato, tudo isso é verdade. Mas até que ponto é verdade porque nós mulheres queremos que seja verdade ou porque a sociedade não nos dá escolhas?

Por exemplo: quem disse que pra ser feliz uma mulher precisa se casar e ter filhos? Ninguém disse! Tudo bem... talvez sua mãe tenha dito. Sua irmã também. Aquela tia, suas amigas e as amigas da sua mãe também te disseram. Mas, em contrapartida, estatísticas comprovam a falência do casamento.
Só que nós mulheres queremos um marido pra chamar de "seu". E também crianças. Ter filhos é mais uma etapa, uma função e quase uma obrigação feminina.

Aí você com seu romantismo que é comum no universo feminino - e eu sei bem disso- , me fala: - Que absurdo! Nós somos seres maternos! Ser mãe nos completa! Não é uma obrigação! E casamos pois acreditamos no amor, na fidelidade, na felicidade a dois!

Bingo! E é isso mesmo. E corremos atrás desta vida tanto quanto, ou mais, do que batalhamos por nossas carreiras. E aí que a concorrência fica desleal. E aqui que eu tenho que assumir que talvez sim tenhamos desvantagens competitivas. Pois, por mais maravilha que seja a mulher dos dias de hoje, ela não tem a capacidade de batalhar mutuamente por dois objetivos com o mesmo sucesso que os homens batalham apenas por um. Concordam?

Com tudo isso, concluo que o ponto é que sempre queremos muito. Muito mais do que eles. E queremos sempre mais. Mesmo que esse “mais” seja um pouco menos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

INSATISFEITO


Odeio reclamar da vida. Não gosto mesmo. Mas nem sempre consigo me policiar. Mas tento. Tento de verdade. Acho um saco ser reclamona por causa de um probleminha aqui outro ali.

Ao meu redor o tempo todo vejo pessoas insatisfeitas. Seja com seu trabalho, com sua relação amorosa ou pela falta dela. Outra está insatisfeita com a balança e já o outro gostaria mesmo de mudar tudo em sua volta.
Dos menos aos mais insatisfeitos, todos estão por ai. Seguem reclamando.

Experimente reclamar de alguma coisa. Do seu cabelo por exemplo. Garanto que seu interlocutor também terá alguma insatisfação pra te contar sobre sua pele, unhas, olhos. Ninguém consegue ouvir uma insatisfação sem contar a sua.

Certas conversas parecem mais uma disputa pela mais completa ou maior infelicidade. Outro dia ouvi o seguinte diálogo entre três pessoas sentadas em um restaurante:

A primeira mulher disse:
- Estou exausta. Trabalho até tarde todos os dias. Meu chefe não me dá moleza. Me arrasto para o trabalho de manhã. Mal durmo. Não sei como conseguirei terminar esta semana.

A segunda interrompeu:
- Pelo menos sua semana vai terminar! E a minha que não tem descanso. Pois além todo o estresse do meu trabalho, checa fim de semana e aí tenho que dar atenção pras crianças. Ser a mãe que não consigo ser durante a semana.

A terceira, Juliana, ficou quieta com cara de enterro. Fez um gesto ensaiado, apoiando a cabeça sobre as mãos. Quando percebeu que tinha atenção da mesa disse:
- Pior sou eu. Sem filhos… respirou…. E sem trabalho.

As duas primeiras se olharam incrédulas. Então me aproximei disfarçadamente para entender melhor o que acontecia.

Juliana pouco tinha realmente. Principalmente idade. Mas já queria ser mais insatisfeita que as próprias tias, que a levavam para um almoço entre seus apertados horários de trabalho, para que a menina de 14 anos escolhesse seu presente de aniversário. E pelo visto ela escolheu.

Que a caricata Juliana sirva como um alarme para suas tias de como é chato reclamar da vida. Pra mim serviu (na teroria..serviu…vermos na prática).


Mais uma vez usando Marisa Monte… (assim parece que sou super fã… gosto, não tanto quanto parece) pra contradizer e dar uma reviravolta vale ouvir SATISFEITO.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

POR CIMA

Desta vez é diferente. Me sinto por cima da situação. Sim… por cima. Estou nas alturas com tudo que está acontecendo.
Enxergo apenas o grande: o oceano, as montanhas, o céu, o infinito. Não me atento pra coisas menores, pequenas e que agora não teriam nenhum significado pra mim. Deste ponto de vista gente é poeira, o mar é raso e o céu é lar.


Delírio escrito de dentro de um avião da Gol, rumo ao Rio de Janeiro, após 1h20 de atraso.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CARNAVAL 2010


Ano passado, inspirada por um post de uma amiga, escrevi aqui um post sobre meus carnavais (veja AQUI).

Este ano, ao contrário do último, fui para o balaço-baco e pro teleco-teco. Mas com moderação. Gosto bastante do carnaval carioca, com seus blocos e suas fantasias cada vez menos improvisadas e cada vez mais criativas. Mas o que eu realmente gosto de observar é invasão sofrida pelo Rio de Janeiro.

O estranho disso tudo é que quando morava no Rio, não me atentava pra delícia de destino que a cidade é. Agora, que moro em Sampa – e adoro, antes que me perguntem -, tenho um ponto de vista diferente: sou uma carioca saudosista.

E então olha eu aqui, babando pelo sol e a irreverência cariocas. E não fui a única. Não mesmo. O Rio fica incrível invadido pela variedade imensa dos sotaques vindos de todo o Brasil e de vários lugares do mundo.

Um beijo, dois beijos, três beijos nas bochechas. Confuso cumprimentar alguém nesta época do ano na cidade maravilhosa. Dependendo da origem do folião, a quantidade de beijos se altera. Bem verdade que na maioria das vezes o carnaval intercede por um só beijo, não nas bochechas … mas entre elas.

Biquínis grandes, enormes, pequenos, fora de moda, recém-comprados, emprestados. Sungas a menos, shorts a mais. Maiôs? A democracia da praia é extinta pela moda praia. É só olhar a intimidade ou a falta dela com a vestimenta pra não ter dúvidas de que se trata de mais um feliz invasor.

E as caipinhas? Loirinhos, olhos claros, pele a um passo de ficar roxa. Muitas caipirinhas na praia: bingo! Ou melhor: gringo.

Mas não interessa. O que vale é ter sentido a curtição. E ter o orgulho de ser carioca…mesmo que seja só de coração.

ENTÃO VAMOS LÁ....


É…não teve jeito, o ano cismou em começar sem pedir licença. Mal estouramos fogos e espumantes e veio logo Janeiro.

Janeiro mês que normalmente se apresenta tímido, veio sem dó, levando tudo como um furacão. Quente, chuvoso, trabalhoso, agitado. Gastou com rapidez a energia recarregada nos encontros de Natal, nos deixando sem reserva de baterias.

Mas veio Fevereiro, o mês do pecado, do nú, da alegria, do carnaval. Mês curto, rápido, que nos consola com mais chance de escaparmos mais uma vez da rotina, de respirarmos um pouco de fumaça e cerveja… ah.... Hein? Pronto. Acabou. Mal a ressaca se foi e o mês de Fevereiro, que se fosse gentil teria acabado junto carnaval, ao contrário, teima em ficar até seus vinte oito dias.

Quem disse o ano começa só depois do carnaval? Bom…pro Tinokias começa agora. Não é lá uma grande estreia, mas já são algumas palavras.

Espero voltar sempre.